Vídeo: operação flagra mergulhadores sem equipamentos e balsas danificadas no Rio Xingu

De acordo com a polícia, 12 balsas dragas foram vistoriadas ao longo do rio Xingu, em Altamira, onde foram identificadas condições degradantes de trabalho, em especial, dos mergulhadores.

Uma operação do Ministério Público do Trabalho (MPT), Auditoria Fiscal do Trabalho e Polícia Federal (PF) flagrou embarcações em estado precário e condições degradantes no trabalho de mergulhadores no Rio Xingu, em Altamira.

De acordo com a polícia, 12 balsas dragas foram vistoriadas ao longo do rio Xingu, em Altamira, onde foram identificadas condições degradantes de trabalho, em especial, dos mergulhadores. Veja:

A fiscalização foi feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), auditores fiscais do trabalho e a Polícia Federal, uma ação de combate à exploração do trabalho em desacordo com a legislação brasileira.

Nas balsas os agentes identificaram que os mergulhadores não tinham registro em carteira ou contrato de trabalho, mergulhavam sem equipamentos de proteção individual e nos locais não havia protocolos de segurança em caso de acidentes.

De acordo com as equipes de fiscalização: as embarcações fiscalizadas não possuíam registro na Capitania dos Portos e se encontravam em estado precário, inclusive uma balsa com furo no casco e risco de naufrágio; nenhum mergulhador encontrado nas 12 balsas inspecionadas possuía habilitação para realização de mergulho e não usavam equipamentos apropriados que garantissem sua segurança nessa atividade.

A lista de irregularidades flagradas durante a ação ainda inclui o oxigênio utilizado pelos trabalhadores no mergulho, que não tinham procedência conhecida. Ou seja, não foi possível identificar quem seria o fornecedor, por exemplo. A situação foi considerada grave pelos fiscais, já que a atividade de mergulho, quando realizada de forma clandestina, pode ocasionar acidentes fatais e sequelas permanentes nos trabalhadores, como paralisia e perda auditiva.

A Auditoria Fiscal do Trabalho deve notificar as empresas responsáveis e interditar todas as balsas fiscalizadas, em decorrência das condições flagranciais. A Polícia Federal informou que irá instaurar um inquérito criminal para apurar tanto as condições degradantes de trabalho, quanto os crimes ambientais identificados. O Ministério Público do Trabalho afirmou que irá aprofundar as investigações para responsabilização cível trabalhista dos infratores.

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