Pará tem dez das 20 prefeituras com pior eficiência em serviços públicos, aponta estudo

Bagre, no arquipélago do Marajó, ocupa a última posição no ranking de eficiência.

A Ilha do Marajó tem 8 das 10 cidades paraenses com pior eficiência no serviço público.

Das 20 cidades com menor desempenho no Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F), elaborado pela Folha de São Paulo, dez estão localizadas no Pará e dessas oito estão na Ilha do Marajó. O REM-F avalia a performance das prefeituras em áreas como saúde, educação e saneamento, utilizando a receita per capita das cidades para calcular a eficiência da gestão. Em outras palavras, o ranking mede “quanto mais serviços são prestados com menos receita”.

Folha de São Paulo.

No topo do ranking, está a cidade de Botucatu, no interior de São Paulo. Com uma população de 145,1 mil habitantes e situada a 272 km da capital, Botucatu abriu cinco novas Unidades de Atenção Básica nos últimos oito anos, totalizando 23 unidades. A cidade também está finalizando a construção de um hospital com 57 leitos para realizar cirurgias eletivas.

Marajó – Destaque negativo

Bagre, no arquipélago do Marajó, porém, ocupa a última posição no ranking. O prefeito da cidade, Cleberson Rodrigues (PSD), conhecido como Clebinho, foi condenado por improbidade administrativa e, em 2020, chegou a ser preso por fraude em licitação pública, ele é filho de Cleber Edson, prefeito de Curralinho, também no Marajó e que aparece como uma das última na lista.

Bagre – A última colocada

Além de Bagre, as cidades de Muaná, Cachoeira do Arari, Afuá, Portel, Rurópolis e Alenquer estão entre as dez piores classificadas no Ranking de Eficiência dos Municípios. Entre os 20 municípios com os piores indicadores, encontram-se também Anajás, Curralinho e Limoeiro do Ajuru. O estudo foi publicado nesta terça-feira (3), na Folha de São Paulo.

O arquipélago do Marajó, que abrange 17 cidades, enfrenta altos índices de pobreza, insegurança alimentar, desigualdade e falta de acesso a serviços essenciais, especialmente na porção ocidental. Nessa região, a maioria das famílias vive em comunidades ribeirinhas, acessíveis apenas por via fluvial, muitas das quais estão localizadas a horas de distância das cidades e sem acesso a serviços básicos.

Posicionamento

O Estado do Pará Online (EPOL) solicitou um posicionamento tanto através do e-mail da Prefeitura de Bagre, quanto através das redes sociais do Prefeito Clebinho. Aguardamos retorno.

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