A tradicional Festa da Chiquita, uma das principais manifestações do movimento LGBTQIAPN+ no Brasil, comemora em 2024 duas décadas de reconhecimento como Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil. O evento, que ocorre na noite da Trasladação, sábado que antecede o Círio de Nazaré, promete uma celebração grandiosa, com shows, performances e a esperada premiação do Veado de Ouro.
A 47ª edição da festa será realizada na Praça da República, ao lado do Teatro da Paz, e deve reunir uma multidão de pessoas de diferentes raças, gêneros e orientações sexuais, todas em busca de celebrar a diversidade em meio à devoção e aos festejos do Círio.
Criada em 1947 como um bloco carnavalesco pelo cantor Elói Iglesias, a Festa da Chiquita foi um espaço de resistência e expressão para pessoas marginalizadas, principalmente durante a repressão da Ditadura Militar. Hoje, a celebração é reconhecida como um símbolo de orgulho e inclusão, destacando a importância da diversidade no contexto religioso e cultural do Pará.
“Quando a pessoa sai do armário, aquele armário deixa de existir; ele é quebrado, e a pessoa que saiu dele precisa enfrentar um mundo hostil quanto à liberdade de gênero e expressão. É cada vez mais importante que, através da Chiquita, possamos acolher esse grupo de pessoas que se sentem ressentidas pela forma como a sociedade as trata, e juntos, através da arte e da cultura, elevemos a autoestima delas”, declarou o idealizador Elói Iglesias em suas redes sociais.
A Festa da Chiquita é um momento de confraternização e alegria, que atrai pessoas de dentro e fora do Pará, tornando-se parte vital da experiência do Círio de Nazaré, ao integrar fé, cultura e diversidade em uma celebração única.
Leia também:
Deixe um comentário