Nesta quarta-feira (07), o influenciador digital Leudécio do Socorro Arnoud Monteiro, mais conhecido como Leosam Arnoud, foi solto após ficar preso por 83 dias na cidade de Cametá. O blogueiro teria ao menos 12 pedidos de prisão solicitados pelo prefeito do município, Victor Cassiano, do MDB.
De acordo com informações, um dos principais fatores que causaram a prisão de Leudécio foram as constantes cobranças e denúncias feitas à atual gestão de Cametá. A última publicação do blogueiro nas redes sociais foi para informar sobre um bloqueio na BR-422, feito pelos moradores, que estavam protestando contra a falta de segurança no local. A postagem é do dia 6 de maio. Após isso, ele foi preso.
Antes de ser preso, Leudécio havia confirmado sua candidatura para vereador, o que, de acordo com sua esposa, Joicilene dos Santos, teria sido o ponto crucial para sua prisão.
“O prefeito de Cametá, Vitor Cassiano, e o pai dele (Antônio Cassiano Neto), que é presidente municipal do MDB, mandaram prender o Leosam por retaliação política, porque ele resolveu lançar seu nome a pré-candidato a vereador de Cametá pelo PL”, disse Joicilene.
Em 2021, o juiz de primeira instância do município de Cametá, Márcio Rebello, casado com a deputada estadual Paula Titan, do mesmo partido do prefeito (MDB), já havia ordenado que o blogueiro entregasse na Delegacia da Polícia Civil local o computador, notebook e celular, e o proibiu de usar as redes sociais e aplicativos de mensagens para criticar o prefeito do município como medida cautelar, atendendo a uma queixa-crime ajuizada pelo próprio chefe do executivo municipal.
Os possíveis crimes que o blogueiro teria cometido se enquadram nos artigos 138, 139, 140 e 141, inciso II, §2º, todos do Código Penal Brasileiro, que trata de difamação, calúnia e injúria, principalmente por suas redes sociais.
Leia também:
Deixe um comentário