Após 30 anos vivendo em Beirute, Rosana Tavares Said, 53 anos, e sua filha Yasmim Letícia Said, de 21 anos, desembarcaram no Aeroporto Internacional de Belém nesta terça-feira (8), por volta das 16h30, depois de serem repatriadas em meio ao conflito no Líbano. O voo de São Paulo para Belém, que durou cerca de quatro horas, foi um alívio para a família que aguardava ansiosamente o retorno delas ao Brasil.
Após intensas negociações com a embaixada, elas conseguiram embarcar. Yasmim, aliviada, relatou a sensação de segurança ao chegar ao Brasil: “Foi difícil, mas ao mesmo tempo foi mais fácil quando chegamos a São Paulo. Agora no Brasil, eu já tô calma”, afirmou.
Rosana destacou que o medo de ficar sem uma rota de fuga, como ocorreu durante o conflito de 2006, foi determinante para deixar o país. “Algumas pessoas saíram de lá sem nada, somente com a roupa do corpo. A situação estava muito incerta e tínhamos medo de não ter como sair”, explicou.
A expectativa da família agora é recomeçar a vida em Belém, longe da insegurança e incerteza vividas no Líbano.
O segundo voo de repatriação da Força Aérea Brasileira (FAB), com 227 brasileiros a bordo, chegou ontem (7) à Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, após uma escala técnica em Lisboa, Portugal. Entre os passageiros estavam 49 crianças, incluindo sete bebês, e três animais de estimação. Somando o primeiro grupo, o Brasil já repatriou 456 cidadãos e seis animais do Líbano.
Além dos repatriados, a aeronave trouxe doações de insumos médico-hospitalares para o Líbano, e o governo brasileiro já planeja novos envios de ajuda emergencial nos próximos dias.
Leia também:
