Projeto que altera Estatuto do Magistério é aprovado na Alepa; confira como foi a votação

O PL, votado em regime de urgência, foi aprovado com 27 votos favoráveis e 11 contrários durante a 36ª sessão ordinária da Alepa, a última do ano.

Divulgação Alepa

Nesta quarta-feira (18), a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) aprovou o Projeto de Lei 729/2024, que propõe mudanças significativas no Estatuto do Magistério. A sessão ocorreu em meio a uma manifestação de professores da rede estadual de ensino, que protestavam contra as alterações defendidas pelo governador Helder Barbalho (MDB).

O PL, votado em regime de urgência, foi aprovado com 27 votos favoráveis e 11 contrários durante a 36ª sessão ordinária da Alepa, a última do ano. Antes disso, o projeto havia recebido pareceres favoráveis das comissões de Justiça, Finanças e Educação da casa.

Confira a votação:

Deputados que Votaram Contra o PL 729/2024

  • Andréia Xarão
  • Carlos Bordalo
  • Coronel Neil
  • Delegado Toni Cunha
  • Dirceu Ten Canten
  • Elias Santiago
  • Fábio Filgueiras
  • Lívia Duarte
  • Maria do Carmo
  • Rogério Barra
  • Wescley Tomaz

Principais Mudanças Propostas pelo PL 729/2024

  1. Extinção da jornada de 150 horas;
  2. Jornada de 40 horas semanais (200 horas/mês) exige, no mínimo, dois turnos de trabalho;
  3. Avaliação de desempenho incluirá frequência em cursos de capacitação;
  4. Gratificação do Sistema Modular de Ensino (SOME) será paga conforme nível de complexidade, substituindo o percentual de 180% sobre o vencimento base;
  5. Gratificações de Educação Especial, FASEPA e SEAP serão fixadas em valores estabelecidos, sem correção pelo Piso Salarial;
  6. Professores fora da regência de classe não receberão pagamento por aula suplementar;
  7. Hora-aula passa a ser de 60 minutos;
  8. Gratificação SOME não será paga nas férias de julho e janeiro;
  9. Professores na jornada de 150 horas terão que optar por 100 ou 200 horas.

Protestos e Confronto com a Polícia

A votação foi marcada por manifestações em frente à Alepa, onde professores protestavam contra as mudanças. Durante o ato, houve confronto entre manifestantes e a polícia, que utilizou balas de borracha, spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar o grupo.

A aprovação do projeto ocorre em meio a críticas da categoria, que considera as mudanças um retrocesso nas condições de trabalho e valorização dos profissionais da educação. O início do ano letivo de 2025 está ameaçado por uma possível greve geral dos professores em resposta às alterações aprovadas.

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