Surto de mariposas “bruxas” suspende aulas em comunidade ribeirinha de Portel no Marajó

Insetos da espécie Hylesia causam reações alérgicas em alunos e moradores da zona rural de Portel; aulas ficam suspensas por 10 dias

Um surto de mariposas da espécie Hylesia, conhecidas popularmente como “bruxas”, levou à suspensão das aulas em escolas da zona rural de Portel, no arquipélago do Marajó. Os insetos têm causado dermatites e reações alérgicas principalmente em crianças e idosos da comunidade do médio Rio Pacajá, onde está localizada a vila Manelito.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) decidiu suspender, por dez dias, as atividades das unidades vinculadas à Escola Referência Boa Esperança, como medida preventiva diante da infestação. Um vídeo feito por moradores mostra estudantes e professores deixando a Escola Estefaia Monteiro em meio à presença intensa dos insetos.

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Segundo a bióloga Roberta Raiol, da Faculdade de Ciências Médicas de Abaetetuba, o contato com as cerdas do abdômen das mariposas provoca reações alérgicas na pele.

— No caso da Hylesia, as cerdas funcionam como escamas modificadas, em formato semelhante ao de flechas, o que explica os quadros de dermatite após o contato com a pele humana — explica a especialista.

A infestação costuma ocorrer durante a transição entre a primavera e o verão, período de maior calor e umidade, condições que favorecem o ciclo reprodutivo das mariposas. Raiol também alerta para o impacto das mudanças climáticas, que podem intensificar a presença desses insetos em áreas urbanas e ribeirinhas.

Enquanto aguardam providências, os moradores adotam medidas de contenção, como uso de redes e fechamento de portas e janelas. Ainda assim, muitos continuam relatando sintomas como coceira, vermelhidão e lesões na pele.

Com informações de Notícia Marajó

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