Polícia Civil do Pará prende quase 40 pessoas por crimes violentos durante operação nacional

De acordo com o delegado-geral adjunto Temmer Khayat, a operação é resultado de um trabalho de cruzamento de dados com uso de inteligência artificial, com o objetivo de localizar criminosos considerados de alta periculosidade.

A Polícia Civil do Pará prendeu, na manhã desta quarta-feira (30), cerca de 40 pessoas com mandados de prisão em aberto por crimes violentos letais intencionais, como homicídio, feminicídio, estupro e roubo. A operação, batizada de “Basilisco de Roko”, foi coordenada pelo Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e mobilizou mais de 400 agentes em uma força-tarefa interestadual.

A ofensiva contou com apoio das Polícias Judiciárias de 16 estados brasileiros, além de diversas unidades da própria Polícia Civil paraense, incluindo a Divisão de Homicídios (DH) de Belém, a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), a Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), a Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e a Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC).

De acordo com o delegado-geral adjunto Temmer Khayat, a operação é resultado de um trabalho de cruzamento de dados com uso de inteligência artificial, com o objetivo de localizar criminosos considerados de alta periculosidade. “A ação reforça o compromisso da Polícia Civil com a segurança da população e o apoio ao poder público no combate à impunidade, evitando a prescrição das penas”, destacou.

Mandados cumpridos em todo o país

No Pará, a operação foi realizada tanto na Região Metropolitana de Belém, com prisões em Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Isabel, quanto em diversos municípios do interior do estado, sob coordenação da Diretoria de Polícia do Interior (DPI).

A operação também contou com o apoio técnico do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab/DIOPI), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que contribuiu para a localização dos alvos. No total, foram mais de 100 mandados de prisão expedidos em 72 municípios de estados como Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

“O trabalho de inteligência e articulação foi fundamental. Só na Região Metropolitana do Pará, tínhamos 15 mandados a cumprir. No interior, foram 56, e 47 em outros estados do país”, informou o delegado Gabriel Batista, diretor do NIP.

Referência ao poder investigativo

O nome da operação, “Basilisco de Roko”, faz referência a um experimento filosófico que imagina uma superinteligência artificial capaz de localizar qualquer pessoa no futuro. No contexto da operação, simboliza a capacidade das Polícias Civis de identificar e capturar criminosos perigosos em qualquer parte do país, por meio da integração de tecnologias e inteligência policial.

As diligências continuam para cumprimento dos mandados ainda em aberto.

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