A vereadora Silvia Letícia (PSOL) anunciou, nesta quarta-feira (18), que os professores da rede pública estadual entrarão em greve no início do ano letivo de 2025. O anúncio foi feito durante sua participação em uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), onde trabalhadores tentam barrar a votação do Projeto de Lei 729/2024, que propõe mudanças no Estatuto do Magistério.
“Já definimos: o ano letivo de 2025 não vai iniciar. Vai haver greve em Belém e no Pará, uma greve estadual da educação contra esse projeto. Se o governador Helder Barbalho (MDB) assinar o projeto como está, iniciaremos o ano letivo com a maior greve que esse governo já viu. É inaceitável precarizar ainda mais o nosso trabalho. Estamos sobrecarregados, com 30 ou 40 turmas, e agora querem limitar nossa jornada e retirar nossas gratificações. Quem votar nesse projeto é inimigo da educação, sejam deputados ou o governador,” declarou a parlamentar ao EPOL. Confira:
Posicionamento da Seduc
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) afirmou que o Projeto de Lei 729/2024 visa implementar avanços significativos para os profissionais da educação, incluindo a ampliação da progressão horizontal, valorização de titulações, e criação de novas gratificações para funções e programas específicos. A Seduc destacou ainda que o Pará possui o melhor salário médio do país para professores, no valor de R$ 11.447,48, segundo o INEP, e o segundo maior salário inicial entre as redes estaduais, de R$ 8.289,87, 250% acima do piso nacional.
Ação da Polícia Militar
Durante a manifestação, a Polícia Militar foi acionada para garantir o acesso dos deputados estaduais à Alepa. Segundo a corporação, manifestantes bloquearam a entrada e lançaram objetos contra parlamentares e agentes de segurança. Em resposta, a PM utilizou medidas de contenção, incluindo balas de borracha e spray de pimenta. Dois manifestantes foram detidos e encaminhados à Seccional do Comércio.
A mobilização ocorre em meio a um cenário de crescente tensão entre os profissionais da educação e o governo estadual, com um possível impacto significativo no início do próximo ano letivo.
Leia também:
Deixe um comentário