Prefeito de Belém critica abandono da Vila da Barca: “Como vou falar de meio-ambiente?”

Durante debate sobre a COP 30, Igor Normando (MDB) destacou que a ocupação sofre com falta de saneamento e condições sub-humanas há mais de duas décadas.

Durante um debate sobre a COP 30, o prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), apontou a Vila da Barca como um exemplo crítico da vulnerabilidade urbana na capital paraense. O gestor criticou o abandono do projeto habitacional, que há mais de vinte anos aguarda conclusão, e ressaltou a precariedade das condições de vida no local, onde mais de duas mil pessoas enfrentam a ausência de saneamento básico e moradia adequada.

“Como é que eu vou falar de arborização se eu tenho mais de duas mil pessoas vivendo em condição sub-humana no centro da cidade, em um dos metros quadrados mais caros de Belém?”, disse o prefeito Igor.

Falando sobre os desafios da gestão pública, Igor questionou a viabilidade de discutir pautas ambientais sem resolver problemas estruturais urgentes, como o acesso a água potável e esgoto. O prefeito também defendeu políticas de flexibilização legislativa e financiamento facilitado para projetos sustentáveis, argumentando que antes de buscar soluções ideais, é necessário garantir a efetividade das ações já planejadas.

A situação da Vila da Barca expõe um impasse entre crescimento urbano e justiça social. A área reflete desigualdades profundas que contrastam com os preparativos para um evento internacional como a COP 30, levantando questionamentos sobre as prioridades da gestão municipal e estadual no enfrentamento da crise habitacional.

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