Entre os dias 5 e 8 de janeiro, pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) realizaram expedições na costa nordeste do Pará para avaliar os impactos de estudos sísmicos realizados por empresas que pretendem explorar petróleo na região. O monitoramento abrangeu botos, aves e tartarugas marinhas, analisando aspectos como deslocamento, comportamento, saúde, vocalização e encalhes.
Cerca de oito pesquisadores navegaram pela área costeira dos municípios de Bragança, Augusto Corrêa e Viseu, conhecida como “salgado paraense”. A pesquisa terá duração de um ano e inclui observações regulares de marés, espécies presentes e possíveis alterações ambientais.
De acordo com Angélica Rodrigues, bióloga do Instituto Bioma, responsável pelo estudo, a tecnologia sísmica é empregada para identificar a presença de petróleo. No entanto, para que as empresas realizem esse tipo de atividade, é obrigatório o licenciamento ambiental do Ibama, que exige monitoramento da fauna local.
“Sabemos que os navios utilizados por essas empresas podem causar impactos, por isso realizamos essas avaliações. Há equipes atuando quinzenalmente em regiões como Marajó e Marapanim, enquanto o monitoramento em Bragança e Viseu ocorre a cada dois meses”, explicou Angélica.
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