Papa Francisco é lembrado pela presidência da COP 30 como referência global na luta climática

Mensagem oficial destaca impacto da encíclica Laudato Si' e liderança do pontífice na construção do Acordo de Paris

A presidência brasileira da COP 30 divulgou na última segunda-feira (21) uma mensagem em que reconhece o papel essencial do papa Francisco na formação de uma nova agenda ambiental global. A nota relembra especialmente a publicação da encíclica Laudato Si’, em 2015, como um dos marcos que inspiraram a adoção do Acordo de Paris, aprovado meses depois, na COP 21.

Durante o pontificado de Jorge Mario Bergoglio, iniciado em 2013, o papa destacou-se por seu compromisso com os pobres, a justiça social e a ecologia. A presidência da COP 30 destacou que Francisco não apenas liderou espiritualmente, mas também se tornou um ativista climático, defensor das florestas, dos povos indígenas e das comunidades tradicionais.

A encíclica Laudato Si’, que completará dez anos em breve, é considerada pela presidência da COP 30 como uma referência para os debates ambientais. A publicação defende que não há separação entre crise ambiental e social, e propõe uma abordagem integral para combater a pobreza e preservar a natureza.

Francisco também havia enviado uma mensagem recente, durante a abertura da Campanha da Fraternidade 2025, destacando a urgência de uma mudança de atitude em relação à natureza. Mesmo hospitalizado, ele expressou esperança de que a COP 30 seja um marco efetivo no enfrentamento da crise climática.

Confira a mensagem da presidência da COP 30

“Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental”, escreveu o Papa Francisco na Laudato si’, a primeira encíclica papal sobre meio ambiente. A resposta à mudança do clima, afirmou acertadamente o pontífice, demanda “abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza”.

Papa Francisco foi não só um exemplo de dignidade humana, respeito e acolhimento, mas um ativista climático, defensor da natureza, das florestas e dos povos indígenas e comunidades tradicionais. A Laudato si’, publicada em 2015, e sua defesa de uma ecologia integral inspiraram o consenso que, poucos meses depois, permitiu a adoção do histórico Acordo de Paris.

A mudança do clima, como bem reconhecia Francisco, é um acelerador de pobreza, desigualdade e sofrimento — e seu combate deve ser abrangente e guiado pela solidariedade. Se nada neste mundo nos é indiferente, o futuro de nossa casa comum depende urgentemente de ação coletiva rápida, inclusiva e eficaz.

Que os ensinamentos do Papa Francisco e sua corajosa liderança sirvam de exemplo em um momento-chave para acelerarmos a implementação do Acordo de Paris e de soluções climáticas. Seu legado nos inspirará na COP 30 e na mobilização de um mutirão global para combater a mudança do clima sem deixar ninguém para trás.

Leia também: