A rotina de violência enfrentada por mulheres nos garimpos da Amazônia ganhou visibilidade com o documentário “Sexo por ouro: a perigosa vida das mulheres nos garimpos da Amazônia“, produzido pela BBC. A obra relata histórias como a de Raiele da Silva Santos, encontrada morta em 2023 no garimpo Cuiú-Cuiú, em Itaituba (PA), com sinais de violência sexual. O caso, que não é isolado, escancara as condições de insegurança para mulheres que vivem e trabalham em áreas de extração mineral na floresta.
Especialistas apontam que o aumento da mineração ilegal de ouro, impulsionado pela alta nos preços do metal e pela fragilidade da fiscalização nos últimos anos, agravou a situação. Dados do MapBiomas mostram que o território de garimpo na Amazônia mais que dobrou entre 2014 e 2023, chegando a 220 mil hectares. Nesse cenário, práticas como prostituição e exploração sexual são comuns, colocando as mulheres em risco constante de violência física, emocional e sexual.
Embora ações do governo federal tenham começado a frear a expansão do garimpo, a vulnerabilidade das mulheres persiste. “No garimpo, as mulheres estão expostas a todo tipo de violência”, alerta Marcela Ulhoa, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. O documentário está disponível no canal da BBC News Brasil no YouTube.
Com informações de BBC News Brasil
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