Um ato de repúdio ao não pagamento dos cachês de grupos folclóricos que participaram do Arraial de Todos os Santos está agendado para este domingo (22) na Praça da República, em Belém. O evento, promovido pelo governo do Pará, gerou descontentamento entre os artistas, que se apresentaram sob a condição de receber remuneração, mas até agora não receberam os valores devidos.
O edital 003/2024, da Fundação Cultural do Pará (FCP), previa cachês que variavam entre R$ 4.401 e R$ 5.900 para grupos de carimbó, boi-bumbá, toadas e quadrilhas. Eduardo Luz, da banda Senta Peia, é um dos músicos afetados. Em reuniões com a FCP, foi informado de que a fundação está “sem dinheiro” para realizar os pagamentos, citando dificuldades financeiras do governo.
Eduardo questionou a falta de transparência nas contas do estado, lembrando que, durante o período junino, o governo contratou artistas de renome que costumam cobrar altos cachês para o evento “Pararraiá”. “O governador promoveu juntamente com a Roma Produções o Pararraiá, que não teve cobrança de ingresso. Então, de onde saiu o dinheiro para pagar os artistas, como Luan Santana e Wesley Safadão?” questionou o músico em entrevista ao Ponto de Pauta.
O ato deste domingo busca pressionar o governo a honrar os compromissos financeiros com os grupos folclóricos e ressaltar a importância da valorização da cultura local.
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