Estudantes desenvolvem repelente natural à base de andiroba em escola estadual de Belém

Projeto une ciência e saberes tradicionais na nova disciplina de Educação Ambiental da rede pública paraense.

Estudantes da Escola Estadual Professora Ruth Rosita de Nazaré Gonzales, localizada no bairro do Guamá, em Belém, desenvolveram um repelente natural à base de andiroba e priprioca como parte das atividades da recém-implantada disciplina de Educação Ambiental. A iniciativa surgiu da necessidade de combater a presença excessiva de mosquitos no entorno da escola e envolveu diversas etapas práticas, como pesquisa de campo, visitas a comunidades ribeirinhas e produção em laboratório.

Com a orientação de Nazaré Vulcão, moradora ribeirinha e guardiã do saber tradicional da extração da andiroba, os estudantes participaram de todo o processo — da coleta do óleo à formulação final do repelente. O projeto alia conhecimento científico e práticas tradicionais da Amazônia, promovendo a valorização da cultura local e o fortalecimento de práticas sustentáveis entre os jovens.

A nova disciplina, obrigatória desde o primeiro bimestre de 2024, integra a política da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) voltada à educação ambiental. A proposta inclui material didático regionalizado, formação continuada de professores e estímulo ao protagonismo estudantil, preparando as escolas da rede paraense para o papel estratégico do estado na COP 30, que ocorrerá em novembro, em Belém.

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