Paraense que tentou explodir Aeroporto de Brasília vai para o regime semiaberto - Estado do Pará Online

Paraense que tentou explodir Aeroporto de Brasília vai para o regime semiaberto

Paraense foi condenado a quase 10 anos de prisão por tentativa de ataque com bomba em 2022; ele poderá trabalhar fora da cadeia, mas seguirá pernoitando no presídio.

A Justiça do Distrito Federal concedeu o regime semiaberto ao paraense George Washington de Oliveira Sousa, condenado por planejar um atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, na véspera do Natal de 2022. A decisão permite que ele deixe o presídio durante o dia para trabalhar, mas o obriga a retornar para dormir na unidade prisional.

A juíza Francisca Danielle Vieira Rolim Mesquita, da Vara de Execuções Penais do DF, autorizou ainda o trabalho externo ao detento. No entanto, negou a ele o direito a saídas temporárias, sob o argumento de que não recebeu visitas no regime fechado — requisito necessário, segundo a magistrada. A defesa, conduzida pela advogada Rannie Karlla Monteiro, informou que irá apresentar documentação complementar para pleitear o benefício futuramente.

A progressão foi autorizada após George Washington cumprir 16% da pena, conforme os critérios objetivos e subjetivos exigidos. Ele foi condenado a 9 anos e 8 meses de prisão por tentativa de explosão criminosa com risco de morte.

Preso em 24 de dezembro de 2022, George Washington confessou ter colocado uma bomba em um caminhão-tanque com 60 mil litros de querosene estacionado nas proximidades do terminal aéreo da capital federal. O artefato chegou a ser ativado, mas não explodiu. Segundo a Polícia Civil, uma detonação poderia ter causado uma tragédia de grandes proporções, com dezenas de mortes.

Ao ser detido, o paraense declarou estar “preparado para a guerra” e “pronto para matar ou morrer”. Investigado por planejar o ataque com motivação política, George Washington é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e frequentava o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde grupos golpistas questionavam o resultado das eleições de 2022.

Durante as diligências, a polícia encontrou um arsenal de guerra em sua posse: bombas, fuzis, pistolas, escopetas, facas e centenas de munições. A investigação aponta que os explosivos foram transportados do Pará para o DF e que o plano foi articulado no acampamento em frente ao QG militar.

Leia também: