O estado do Pará já apreendeu mais de 1,7 tonelada de drogas entre 1º de janeiro e 23 de maio de 2025, consolidando as Bases Fluviais Integradas de Segurança Pública como um dos principais instrumentos no enfrentamento ao tráfico de drogas na região amazônica.
As ações realizadas ao longo dos rios paraenses também resultaram na apreensão de 850 kg de papel picado impregnado com cocaína (material em perícia), 770 kg de pescado ilegal, 470 m³ de madeira extraída de forma clandestina, além de 13 prisões em flagrante, 11 mandados judiciais cumpridos, seis armas de fogo, cinco celulares, cinco veículos e duas embarcações.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), foram realizadas 781 abordagens a embarcações e mais de 37 mil abordagens a pessoas somente neste período. Entre os principais destaques operacionais estão as bases fluviais “Antônio Lemos”, em Breves, e “Candiru”, no Estreito de Óbidos, que vêm registrando apreensões quase diárias.
Durante coletiva realizada na última quinta-feira (22), o governador Helder Barbalho parabenizou as equipes pelo trabalho.
“Gostaria de festejar e parabenizar os servidores e colaboradores das bases fluviais que têm cumprido um papel absolutamente importante na apreensão de drogas”, disse o governador, destacando os resultados das bases de Breves e Óbidos.

Expansão da estratégia
A localização estratégica das bases foi definida com base em análises de inteligência, priorizando rotas do tráfico, áreas de difícil acesso e regiões com histórico de crimes ambientais e tráfico de entorpecentes.
“Quase que diariamente, as bases fazem fiscalizações em embarcações, o que demonstra a eficácia da estratégia de combate ao tráfico nacional e internacional que usa os rios da Amazônia como rota”, afirmou Helder.
Durante o evento, o governador também anunciou a construção da terceira base fluvial do estado, que será instalada em Abaetetuba, nas proximidades da Vila do Conde — região considerada estratégica no escoamento internacional de drogas. A nova unidade, batizada de “Baixo Tocantins”, está com 69% das obras concluídas e representa um investimento de R$ 10 milhões.

Fiscalização constante e tecnologia
As bases atuam como postos avançados de fiscalização, com estrutura para abordagens, inspeções e ações integradas entre as forças de segurança. Estão equipadas com drones, sonares, lanchas rápidas e cães farejadores, fundamentais para a detecção de entorpecentes escondidos em compartimentos improvisados.
“A partir dos dados de inteligência e do monitoramento feito pela segurança pública, instalamos bases em locais-chave nos rios do Pará. Atuamos 24 horas por dia com equipes integradas para reprimir atividades criminosas, especialmente o tráfico de drogas que atravessa o estado com destino a outras regiões do Brasil ou até ao exterior”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Ualame Machado.
A expectativa do governo é de que, com a entrada em operação da nova base no Baixo Tocantins, o Pará amplie ainda mais o cerco ao tráfico nas rotas fluviais e fortaleça a fiscalização nas zonas rurais e portuárias do estado.
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