O arquiteto e influenciador carioca, Lucas Perpetuo, gerou polêmica ao criticar as “eco-árvores” instaladas em Belém para a COP30, referindo-se a elas como “Frankenstein”. Em vídeo publicado recentemente, Perpetuo questionou a coerência de utilizar árvores artificiais em uma região rica em biodiversidade, destacando a falta de diálogo com a comunidade local na implementação do projeto.
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As ‘eco-árvores‘ são estruturas feitas de vergalhões reaproveitados e plantas trepadeiras, inspiradas em projetos similares de Singapura, com o objetivo de fornecer sombra e ventilação em áreas onde o plantio de árvores naturais é inviável. A arquiteta responsável, Naira Carvalho, defende que a iniciativa promove sustentabilidade ao reutilizar materiais de construção.
Entretanto, o projeto têm recebido inúmeras críticas. O Coletivo COP do Povo repudiou a decisão, apontando-a como uma “desconexão com a realidade amazônica” e “uma afronta aos princípios ambientais globais”, como o Acordo de Paris. O coletivo enfatizou a falta de consulta às comunidades locais e aos povos originários na concepção do projeto.
Nas redes sociais, internautas também manifestaram insatisfação com as “eco-árvores”, classificando o projeto como “insustentável” e questionando o uso do termo “sustentabilidade” para justificar a iniciativa. Comentários destacam a preocupação com a efetividade das estruturas e a escolha das espécies de plantas utilizadas.


A justificativa do governo do Pará, que anunciou por meio da Secretaria de Obras Públicas (Seop), a instalação de 188 “eco-árvores” nos Parques Lineares Nova Doca e Nova Tamandaré, como parte das preparações para a COP30, foi “melhorar o conforto térmico e a estética das áreas”.
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