Na manhã desta terça-feira (12), moradores das comunidades de Urucurituba e Igarapé do Costa, em Santarém, oeste do Pará, encontraram milhares de peixes mortos nas águas de um lago local. Entre as espécies, estavam peixes valorizados, como mapará, pescada, arraia e tucunaré, gerando tristeza entre os ribeirinhos, especialmente entre os pescadores que dependem da pesca artesanal para subsistência.
Na manhã desta terça-feira (12), moradores das comunidades de Urucurituba e Igarapé do Costa, em Santarém, oeste do Pará, encontraram milhares de peixes mortos nas águas de um lago local. pic.twitter.com/mSWZZ0wvws
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) November 12, 2024
Esse fenômeno, embora relacionado à intensa chuva que atingiu a região, não é novidade para os moradores, que já presenciaram eventos semelhantes no ano passado. A combinação de fatores climáticos extremos, com meses de seca prolongada seguidos por chuva intensa, eleva a temperatura da água e altera drasticamente a composição do lago. A água aquecida e com baixo oxigênio recebe uma carga brusca de material orgânico das margens, o que gera um processo de decomposição que consome ainda mais oxigênio e leva à asfixia em massa dos peixes.
O impacto da mortandade atinge não apenas a biodiversidade local, mas também a economia das comunidades. Espécies como o mapará e o tucunaré representam um recurso essencial tanto para consumo quanto para venda, e sua perda reflete em dificuldades econômicas. Especialistas apontam que o problema poderia ser mitigado com monitoramento frequente da qualidade da água e recuperação ambiental nas margens, visando reduzir o impacto do material orgânico transportado pela chuva.
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