A manifestação desta quinta-feira (1º), Dia do Trabalhador, reuniu servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada em frente à Secretaria Municipal de Educação de Belém (Semec), numa mobilização que foi além da pauta nacional pelo fim da escala 6×1. Com cartazes, faixas e palavras de ordem, os participantes cobraram reajuste salarial, cumprimento dos pisos do magistério e da enfermagem, além da valorização das carreiras e melhores condições de trabalho no serviço público.
Segundo uma professora vinculada ao Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação Pública do Pará (SINTEPP), cerca de mil pessoas participaram do ato, que teve início nas primeiras horas da manhã. O grupo protestou contra os efeitos do ajuste fiscal e das reformas administrativas promovidas pelos governos federal, estadual e municipal.
As críticas incluíram também a denúncia das privatizações em andamento, como o leilão da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e de serviços essenciais nas áreas da saúde e da educação. Durante a concentração na Semec, os manifestantes responsabilizaram o governo estadual pelo que chararam de “calote” no pagamento do piso do magistério e cobraram do prefeito o realinhamento salarial dos servidores da capital paraense.
A mobilização integrou a jornada nacional por direitos trabalhistas e foi fortalecida pela recente declaração do presidente Lula (PT) em apoio à redução da jornada semanal para 36 horas sem perda salarial. Em Belém, porém, o foco das reivindicações teve forte tom local, marcado por denúncias contra a precarização do serviço público e a ausência de políticas efetivas de valorização profissional.
A redação do Estado do Pará Online (EPOL) entrou em contato com as assessorias de comunicação do Governo do Estado e da Prefeitura de Belém para solicitar posicionamento sobre as reivindicações feitas durante a manifestação desta quinta-feira (1º), e aguarda retorno para a inclusão dos posicionamentos oficiais nesta matéria.
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