Funcionários da Embrapa em todo o Brasil realizarão uma paralisação nesta quarta-feira (16), em protesto contra a proposta apresentada pela empresa durante as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024-2025. A paralisação pode sinalizar o início de uma greve geral, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas. Em Belém, os manifestantes distribuirão uma tonelada de banana durante a mobilização.
O principal motivo da insatisfação dos trabalhadores é a proposta de reajuste salarial de 2,58% para 2024, valor que cobre apenas 80% da inflação acumulada entre 2023 e 2024. Para 2025, a Embrapa propõe um reajuste que acompanha a inflação, mas os empregados apontam que isso não recupera as perdas salariais acumuladas, que, segundo o Dieese, chegam a 16,24% desde 2018.
Além da questão econômica, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF) critica a ausência de medidas sociais na proposta da empresa. Entre as demandas ignoradas estão o adicional de escolaridade para técnicos e assistentes, políticas eficazes contra o assédio moral e sexual, e melhorias no auxílio para pais e mães de filhos com deficiência.
O sindicato também apontou a contradição entre a proposta atual e a imagem de “gestão humana” que a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, tem buscado promover. O SINPAF afirma que a postura da empresa nas negociações não reflete essa visão.
A Embrapa desempenha um papel crucial no desenvolvimento da agricultura no Brasil, sendo responsável por diversas inovações tecnológicas que impulsionam a produtividade agrícola e promovem a sustentabilidade ambiental. A paralisação dos trabalhadores traz à tona a importância de garantir condições justas para os empregados da empresa, que são essenciais para o avanço da ciência e da segurança alimentar no país.
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