Segunda fase da Operação “Castelo de Cartas” combate milícias e extorsões em Mosqueiro

As investigações, conduzidas pela Seccional de Mosqueiro, revelaram que a facção criminosa exigia uma "taxa do crime" de diversos setores, incluindo empresários, motoristas de vans e mototaxistas, utilizando violência e intimidação para garantir os pagamentos.

Na manhã desta quarta-feira (9), a Polícia Civil deflagrou a segunda fase da operação “Castelo de Cartas” com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em extorsão de comerciantes e formação de milícias privadas em Mosqueiro, distrito de Belém. A operação cumpriu oito mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Mosqueiro.

Taxa do crime
As investigações, conduzidas pela Seccional de Mosqueiro, revelaram que a facção criminosa exigia uma “taxa do crime” de diversos setores, incluindo empresários, motoristas de vans e mototaxistas, utilizando violência e intimidação para garantir os pagamentos. A apuração policial indicou a localização dos suspeitos e a presença de materiais ilícitos nos locais alvo das buscas.

“A Operação ‘Castelo de Cartas’ é um avanço significativo no combate ao crime organizado em nossa região. Estamos determinados a desmantelar essas facções e proteger a população da extorsão e violência que afetam o comércio local”, declarou o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende.

A operação foi realizada simultaneamente em várias áreas de Mosqueiro e adjacências, resultando na prisão de oito pessoas. Além disso, foram realizadas buscas em 13 endereços, onde foram apreendidas armas, munições, documentos financeiros e equipamentos eletrônicos utilizados pela organização criminosa.

Também foram identificadas contas bancárias e registros financeiros, que permitirão o aprofundamento das investigações sobre os fluxos monetários ilícitos da facção.

“Com a conclusão da operação, a Polícia Civil reforça seu compromisso em combater a prática da ‘taxa do crime’ e proteger os moradores de Mosqueiro”, destacou Daniel Castro, diretor da Polícia Metropolitana.

Primeira fase – A primeira fase da operação ocorreu em abril, com a prisão de dois membros importantes da organização criminosa, como parte do desdobramento da operação “Ory”, conduzida pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

Leia também: