Representantes das rádios comunitárias voltaram a cobrar apoio do governo federal para o setor, diante da falta de avanços na revisão do Decreto 2.615/1998, que segundo eles, dificulta a atuação dessas emissoras. A Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço Brasil) se reuniu com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no dia 17 de dezembro de 2024, mas considerou o encontro frustrante, pois durou menos de dez minutos e não trouxe soluções concretas. Diante disso, o movimento prepara uma plenária nacional para março de 2025, com o objetivo de pressionar o governo.
A região sul e sudeste do Pará tem um histórico relevante na luta pela radiodifusão comunitária, com municípios como Marabá, Parauapebas e Rio Maria sendo pioneiros no setor. Desde 1999, encontros regionais têm fortalecido a organização dessas emissoras, abordando desafios como viabilidade financeira e legislação. Em 2002, uma comissão da Abraço Pará se reuniu com o então ministro das Comunicações em Brasília, em um esforço para destravar concessões na região. Na época, o movimento já alertava sobre a precariedade da comunicação no Norte e reivindicava mais espaço para as rádios comunitárias, conforme expresso em carta pública divulgada pelo setor.
Agora, mais de duas décadas depois, a insatisfação persiste. Segundo a Abraço Brasil, a falta de apoio do governo federal mantém as rádios comunitárias em situação precária, mesmo com sua importância para a democratização da comunicação. O setor se organiza para reforçar a pressão em 2025, cobrando mudanças que garantam maior reconhecimento e espaço para as emissoras populares no Pará e no restante do país.
A equipe de reportágem do Estado do Pará Online (EPOL) procurou o ministro Juscelino, porém, até o fechamento desta matéria, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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