Quilombolas ocupam sede do Incra em Belém em busca de soluções para conflitos fundiários: veja

A manifestação tem como objetivo pressionar o Incra e a Interpa a darem andamento às demandas de titularidade das terras

Créditos: reprodução

Na manhã desta segunda-feira (18), comunidades quilombolas do território Nova Betel, localizada no município de Tomé-Açu, Pará, ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Belém.

Desde ontem, os manifestantes buscam diálogo com a superintendência do órgão e cobram respostas para a regularização de suas terras, que enfrentam constantes invasões e episódios de violência.

De acordo com os quilombolas, a situação no território de Nova Betel, onde vivem 92 famílias, é crítica. Eles denunciam a demora do processo de regularização fundiária, que tramita no Instituto de Terras do Pará (Interpa) desde 2018, e destacam que a falta de ação das autoridades tem agravado os conflitos na região.

A ocupação da sede do Incra inclui a interrupção das atividades dos servidores e a exigência de rapidez dos processos. “Estamos aqui de forma pacífica, mas buscando respostas concretas. Nosso território está sendo invadido, e as famílias vivem sob constante ameaça. precisamos de uma solução urgente”, declarou uma das lideranças quilombolas.

A manifestação tem como objetivo pressionar o Incra e a Interpa a darem andamento às demandas de titularidade das terras. O caso de Nova Betel é tratado como um exemplo da precariedade das políticas públicas externas para a garantia dos direitos territoriais das comunidades quilombolas no Pará.

Até o momento, representantes do Incra não se manifestaram oficialmente sobre o caso.

Leia também: