Após semanas de mobilização e tentativas de negociação, os professores da rede municipal de Marabá decidiram iniciar greve a partir desta terça-feira (29). A categoria alega descumprimento de compromissos de campanha e rejeita a proposta apresentada pela prefeitura, que não garante reajuste salarial imediato.
O prefeito Toni Cunha (PL) propôs, após duas horas de reunião com representantes dos trabalhadores da educação, um reajuste de R$ 100,00 no Vale-Alimentação, mas condicionou a confirmação oficial apenas para a próxima segunda-feira (5). Quanto ao reajuste salarial, o gestor afirmou que o percentual também só será anunciado na mesma data e alertou que, caso os professores não aceitem a proposta, as negociações serão paralisadas, com possibilidade de corte de ponto dos grevistas.
Diante do impasse, os servidores decidiram deflagrar greve a partir desta terça-feira. A primeira ação do movimento de paralização será a participação na sessão da Câmara Municipal de Marabá (CMM), em busca de apoio de vereadores para dar maior visibilidade às reivindicações.
A justificativa utilizada pelos professores teve como base dados do Tribunal de Contas Federal, onde exigem a necessidade de cumprimento do piso salarial, uma promessa de campanha de Toni Cunha. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) em Marabá, a proposta da atual gestão é considerada inferior às práticas do governo anterior, ampliando o descontentamento da categoria.
Enquanto a prefeitura informa que as secretarias de Educação e Planejamento seguem abertas ao diálogo, a mobilização de professores já afetava o funcionamento das escolas municipais desde a semana passada. A expectativa é de que a paralisação traga impactos ainda maiores no sistema de ensino local nos próximos dias.
Com informações do Correio de Carajás
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