Prefeitura de Colares decreta calamidade pública mesmo com parecer desfavorável do Corpo de Bombeiros

Oposição e movimentos locais acusam a prefeita Maria Lucimar (MDB) de usar a situação para favorecimento eleitoral.

A prefeitura de Colares, nordeste paraense, gerou polêmica entre cidadãos após decretar calamidade pública devido as chuvas que atingiram o município em abril deste ano, mesmo cientes que o Corpo de Bombeiros deu parecer desfavorável após análise.

Desta forma, a oposição e movimentos locais acusam a prefeita Maria Lucimar (MDB) de usar a situação de calamidade pública para favorecimento eleitoral.

A prefeitura alega que aproximadamente 5.650 pessoas foram atingidas pelas chuvas e 2.570 delas residem em áreas de risco próximas a corpos d’água.

Além disso, a prefeitura afirma ainda que houve registro de 24 pessoas desabrigadas e 2.695 desalojadas, com a maioria dos afetados residindo nas proximidades do centro urbano.

No entanto, o relatório da vistoria feito pela Defesa Civil Estadual constatou que houve prejuízos, mas que não condizem com o informado pelas secretarias municipais. Desta forma, sendo desfavoráveis ao decreto de calamidade pública.

Atualmente, Maria Lucimar lidera a corrida pela reeleição no município, sendo seguida por Cilene Sabino (UB) e Noé Palheta (PP), tecnicamente empatados segundo pesquisa recente do Instituto Doxa.

Na prática, o decreto de calamidade pública prioriza o suporte às vítimas de situações de emergência e simplifica procedimentos para acesso a benefícios financeiros e flexibiliza contratações emergenciais. Um exemplo comum é a queda da necessidade de licitações para compras.

No entanto, devido ao embate eleitoral entre Maria Lucimar e Cilene Sabino, a oposição e movimentos suspeitam do uso operacional o estado de calamidade pública para reforçar estratégias para fins eleitorais, prejudicando os demais candidatos.

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