Prefeitura de Belém nega surto de Mpox em Belém; relembre os cuidados com a doença

Segundo a Sesma, até abril de 2025, Belém registrou 14 casos confirmados da doença e nenhum óbito diretamente atribuído ao vírus neste ano. Já a Sespa informou que, em todo o estado, foram registrados 19 casos e dois óbitos neste ano. Veja quais os sintomas e as formas de prevenção:

A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) esclareceu, nesta segunda-feira (28), que não há surto de Mpox (anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”) no município. O comunicado foi emitido após rumores sobre o falecimento de um paciente atendido no Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti (PSMP) gerarem alarmismo e disseminação de informações falsas nas redes sociais.

O paciente, identificado como Augusto Demétrio Neto, popularmente conhecido como Gutto Xibatada, aos 36 anos que havia recebido diagnóstico de Mpox, mas também apresentava outras condições de saúde que podem ter contribuído para a sua morte. A causa do óbito está sendo investigada. Segundo a Sesma, até abril de 2025, Belém registrou 14 casos confirmados da doença e nenhum óbito diretamente atribuído ao vírus neste ano.

Já a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que, em 2024, foram registrados 64 casos de Mpox em todo o estado, sendo dois casos notificados entre janeiro e abril daquele ano. Já em 2025, até o dia 23 de abril, foram confirmados 19 casos. No que se refere a óbitos, não houve mortes registradas por Mpox em 2024. Entretanto, em 2025, foram contabilizados dois óbitos no estado, ambos em pacientes que, além da infecção pelo vírus, apresentavam outras comorbidades que aumentaram o risco de agravamento.

Desde o primeiro caso em julho de 2022, Belém tem monitorado a evolução da Mpox com medidas de controle, como isolamento de casos, rastreamento de contatos e vacinação para públicos prioritários. A redução no número de casos, segundo a Sesma, reflete a eficácia dessas ações. Em 2024, foram 41 casos confirmados e nenhum óbito entre residentes da capital.

Origem da doença

A Mpox é uma doença zoonótica causada por vírus da família Poxviridae, endêmica de regiões da África Central e Ocidental. A transmissão entre humanos ocorre principalmente por contato próximo com lesões de pele, secreções respiratórias ou objetos contaminados, como roupas e utensílios.

O portal Estado do Pará Online conversou com a médica infectologista Helena Brígido, que explicou que o período de incubação do vírus varia de 5 a 21 dias. Os principais sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, linfadenopatia (ínguas) e erupções cutâneas que evoluem para pústulas. A maioria dos casos é autolimitada e dura entre duas a quatro semanas. Casos graves são mais frequentes entre recém-nascidos, crianças e imunossuprimidos.

Gutto Xibatada

Atualmente, o tratamento da Mpox é sintomático, mas existe o antiviral tecovirimat, aprovado para casos mais graves.

A médica também reforçou que a prevenção é feita com medidas simples: evitar contato físico com pessoas infectadas, cobrir lesões de pele, higienizar as mãos frequentemente e utilizar máscara em caso de sintomas respiratórios.

Unidades de Saúde Referenciadas para Atendimento de Mpox em Belém:

  • UMS Jurunas (Rua Eng. Fernando Guilhon, S/N – Jurunas, 8h às 16h)
  • UMS Telégrafo (Rua do Fio, S/N – Telégrafo, 8h às 16h)
  • UMS Satélite (Tv. WE-8, S/N – Coqueiro, 8h às 16h)
  • UMS Icoaraci (Rua Manoel Barata, 840 – Icoaraci, 8h às 16h)
  • UPA Sacramenta (Av. Dr. Freitas, 860 – Sacramenta, atendimento 24h)
  • UPA Icoaraci (Rua Paraíso, S/N – Parque Guajará, atendimento 24h)

A Sesma orienta que pessoas com sintomas suspeitos procurem imediatamente uma unidade de referência para avaliação e tratamento adequado.

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