A coligação “Coragem para Mudar Tomé-Açu”, formada pelos partidos Republicanos, PRD e DC, ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra o atual prefeito de Tomé-Açu, Carlos Vieira (MDB), que concorre à reeleição, seu vice, Rosielson Coelho (MDB), e o candidato a vereador Leonan de Souza Miranda, conhecido como Pastor Souza. A ação acusa o grupo de abuso de poder religioso, político e econômico, além do uso indevido dos meios de comunicação.
Os acusados integram a coligação “Tomé-Açu não Pode Parar”, composta por MDB, Podemos, União Brasil, PSD, PSB, PDT, Solidariedade, PSDB, Cidadania, Avante, PP e PL. Segundo a oposição, Carlos Vieira estaria utilizando de sua posição e recursos públicos para influenciar o voto dos eleitores e comprometer a lisura do processo eleitoral.
Uma das principais alegações contra o prefeito envolve o uso de suas redes sociais, como o Instagram, para divulgar conquistas da gestão municipal durante o período de pré-campanha, o que poderia caracterizar propaganda eleitoral antecipada. Além disso, Vieira é acusado de utilizar tratores e outras máquinas pertencentes ao município em sua campanha, bem como imagens do centro cirúrgico e do Hospital Municipal de Tomé-Açu, com o objetivo de promover sua candidatura.
O documento protocolado pela coligação “Coragem para Mudar” também denuncia o uso de uma igreja protestante como plataforma política. O Pastor Souza, que também é candidato, teria se aproveitado de sua posição de liderança religiosa para influenciar os fiéis a votarem em sua chapa. O uso de cultos e cerimônias religiosas para pedidos explícitos de voto é apontado como uma violação à igualdade de oportunidades entre os candidatos.
“É evidente que o pastor Souza e o representado Carlos da Vila Nova estão utilizando a igreja para fazer propaganda política e angariar votos, afetando a igualdade de chances entre os concorrentes”, diz um trecho da ação.
A oposição conclui que as ações de Carlos Vieira, ao se utilizar da máquina pública e da influência religiosa, ferem a legitimidade e a normalidade das eleições no município de Tomé-Açu, configurando abuso de poder político e econômico.
A denúncia agora segue para apreciação da Justiça Eleitoral, que deverá analisar as provas apresentadas e decidir sobre possíveis sanções aos envolvidos.
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