Parauapebas e Marabá são os piores municípios para ser mulher no Pará, aponta estudo

Apuração do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC) levou em consideração cinco variáveis: taxa de feminicídios; percentual de mulheres na Câmara de Vereadores; desigualdade salarial por sexo; taxa de jovens mulheres que não estudam nem trabalham; e diferença percentual entre homens e mulheres que não trabalham

Um estudo divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC) mostrou Parauapebas e Marabá como os dois piores municípios para ser mulher no Pará. No documento, Parauapebas ocupa o 1º lugar da lista e Marabá o 2º. Já no ranking racional, Parauapebas ocupa a 5ª posição e Marabá a 12ª.

O estudo investigou cidades com população acima de 100 mil habitantes, para garantir uma comparação mais justa. Neste sentido, a apuração do IDSC utiliza cinco variáveis: taxa de feminicídio a cada 100 mil mulheres; desigualdade salarial por sexo; percentual de mulheres na câmara de vereadores; taxa de jovens mulheres (15 a 24) que não estudam nem trabalham; e diferença percentual entre homens e mulheres que não estudam nem trabalham.

Dados do Portal da Transparência da Segurança Pública do Estado do Pará mostram que em 2024, foram registrados dois feminicídios em Marabá e três em Parauapebas.

No que diz respeito a vereadoras, em Marabá, apenas 19% das 21 cadeiras estão ocupadas por mulheres na Câmara Municipal: Dra Cristina Mutran, Vanda Americo, Mayana Stringari e Priscila Veloso.

Embora representem 51,5% da população, as mulheres seguem sendo as principais vítimas de desigualdades estruturais. Em 2023, mais de 1,2 milhão de casos de violência contra mulheres foram registrados no país, segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Feminicídios, agressões domésticas e violência sexual compõem esse cenário alarmante, que atinge com ainda mais força as mulheres negras, representando 63,6% das vítimas.

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