Maior produtor de cacau do Brasil, o Pará prepara-se para conquistar posição destaque no cenário global. Entre as ações estratégicas para alcançar esse objetivo está o incentivo à produção de amêndoas de excelência por produtores, a verticalização da cultura e a realização de feiras técnicas e de negócios, como a Feira do Cacau e Chocolate Amazônia e Flor Pará, que acontecerá entre os dias 5 e 8 de junho, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia.
Previsto para ser o maior evento sobre cacau sustentável da região amazônica, também será o primeiro evento de produção sustentável antes da COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, tornando-se uma vitrine das boas práticas e modelos econômicos sustentáveis.
Organizada pelo Governo do Estado do Pará e pelo Sistema Faepa/Senar, a feira reunirá expositores, marcas locais, nacionais e internacionais, incluindo representantes de outros países que integram a região amazônica. A programação técnica contará com painéis e palestrantes renomados, ampliando o debate sobre produção sustentável, inovação e bioeconomia.
Dados do Cacau
Atualmente, o Pará conta com 32 mil produtores ativos de cacau, distribuídos por 229.175 hectares de área plantada, dos quais 169.655 hectares já estão em plena produção. Esse desempenho robusto gerou uma arrecadação de R$ 358 milhões em ICMS, evidenciando a força econômica da cadeia cacaueira no estado.
“O modelo de cultivo do cacau na Amazônia paraense representa uma verdadeira transformação socioeconômica, diversificando a matriz produtiva do estado e garantindo a permanência digna de famílias no campo através de uma fonte de renda sustentável e próspera. A cacauicultura elevou-se ao status de programa estratégico estadual devido ao extraordinário potencial econômico que oferece aos seus produtores”, destaca o presidente do Sistema Faepa/Senar, Carlos Xavier.
Flor Pará
A programação do evento também dará destaque à cadeia produtiva das flores amazônicas. A Flor Pará valoriza o crescimento da floricultura na região, com ênfase no cultivo de espécies nativas como antúrios, helicônias e orquídeas, desenvolvido tanto por grandes produtores quanto por agricultores familiares. Essa atividade representa uma alternativa promissora de investimento e geração de renda.
Segundo dados da SEDAP e do último Censo do IBGE, em 2022 a cadeia produtiva da floricultura paraense movimentou mais de R$ 6 milhões, consolidando-se como um importante segmento da bioeconomia local.
A realização da Feira Flor Pará e da Feira do Cacau e Chocolate Amazônia posiciona o Pará como protagonista de um novo modelo de desenvolvimento: aquele que alia prosperidade econômica à preservação ambiental. Um exemplo concreto da bioeconomia amazônica que estará no centro das discussões globais durante a COP 30.
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