Pará tem três facções criminosas em atuação, segundo levantamento do Ministério da Justiça

No Norte, onde o Pará está inserido, há registro de 14 facções criminosas, apontando para uma presença significativa de atividades organizadas

cirene
Foto Internet

O Brasil conta com aproximadamente 88 organizações criminosas ativas em presídios de norte a sul do país, de acordo com dados recentes da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça. No Pará, três facções estão presentes, compondo o cenário de 1.760 pavilhões presos sob influência de diferentes grupos, que vão desde organizações locais até facções de alcance nacional e internacional.

Segundo o levantamento, publicado pelo portal Poder360, o Nordeste é uma região com maior concentração de organizações criminosas (46 ao todo), seguida pelo Sul (24) e o Sudeste (18). No Norte, onde o Pará está inserido, há registro de 14 facções criminosas, apontando para uma presença significativa de atividades organizadas. No estado do Pará, em particular, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) exercem grande influência, embora também enfrentem a concorrência de grupos locais.

O PCC, nascido em São Paulo, é hoje uma facção com maior presença no Brasil, atuando em 24 estados e no Distrito Federal, com exceção apenas do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Já o Comando Vermelho, originário do Rio de Janeiro, rivaliza com o PCC e marca presença em áreas estratégicas de disputa por território e mercado, especialmente no Norte e Nordeste. A violência urbana e os conflitos no sistema prisional resultaram, em grande parte, da disputa entre essas duas organizações, cada uma buscando ampliar sua área de influência e controle sobre atividades ilícitas como tráfico de drogas, armas e outras práticas criminosas.

O levantamento do Senappen também revelou que das 88 organizações identificadas, 72 operam de forma local, 14 possuem abrangência regional, e duas – o PCC e o CV – atuam em nível nacional e internacional. No Pará, assim como em outros estados, a rivalidade entre facções aumenta a insegurança dentro e fora dos presídios, com frequentes episódios de violência que afetam as comunidades próximas e aumentam o risco de rebeliões e conflitos internos nas penitenciárias.

A Bahia, conforme o Poder360, lidera a lista de estados com o maior número de facções, somando 21, enquanto o Rio Grande do Sul possui 10 facções ativas, refletindo o avanço dessas organizações em áreas estratégicas e regiões fronteiriças do país.

A presença dessas facções no Norte e sua influência crescente no Pará chamam a atenção para os desafios que o sistema de segurança pública enfrenta na contenção da criminalidade organizada.

Com informações Poder360

Leia também: