Com cartazes e palavras de ordem, mães beneficiárias do extinto programa Bora Belém foram impedidas de participar da inauguração da reforma da Câmara Municipal de Belém, na manhã desta segunda-feira (28). Do lado de fora da casa legislativa, elas protestaram contra o fim do auxílio, que garantia comida na mesa para cerca de 80 mil pessoas em situação de extrema pobreza.
Beneficiárias pedem a retomada do auxílio que garantia renda mínima para mais de 18 mil famílias na capital paraense. Em contato com o Estado do Pará Online (EPOL), um membro da Prefeitura de Belém afirmou que a gestão está prestes a anunciar uma nova compensação financeira para as famílias de baixa renda.
Leila Palheta, coordenadora do Fala Perifa e presidenta municipal do PSOL/Belém, participou do ato em solidariedade às mães. “Essa luta é nossa, de todas as mulheres. Os governos municipal e estadual implementam a política da fome e da exclusão. Vamos lutar para reverter essa situação”, declarou.
Extinção do Bora Belém gera críticas
A manifestação contou com o apoio da vereadora Vivi Reis (PSOL), que votou contra a extinção do Bora Belém. Ela denunciou também o desmonte de outras políticas públicas voltadas à população de baixa renda, como o restaurante popular e a redução de benefícios para trabalhadores da educação.
“O Bora Belém era essencial para garantir o almoço e a janta das famílias. O desmonte promovido pela atual gestão só beneficia as famílias tradicionais, e não o povo que mais precisa”, criticou a parlamentar.
O programa foi oficialmente extinto na última sexta-feira (25), com o aval do prefeito Igor Normando (MDB). Criado na gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, o Bora Belém oferecia auxílio emergencial de até R$ 500,00, especialmente a mulheres em situação de extrema pobreza. Além da transferência de renda, as beneficiárias tinham acesso a cursos de formação profissional por meio do programa Donas de Si.
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