Com os desafios políticos de curto prazo, principalmente as incertezas em torno das eleições de 2026, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa a olhar para o futuro e a projetar o Brasil até 2050. Em uma reunião realizada na quarta-feira (06), de novembro, secretários executivos de diversos ministérios discutiram a “Estratégia Brasil 2050”, um plano ambicioso que visa moldar o desenvolvimento do país nas próximas três décadas.
A reunião, conduzida pela secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, reuniu os principais secretários das pastas, que se dedicaram a definir o futuro do Brasil, estabelecendo megatendências, planos e ações para enfrentar desafios e promover o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades .
A proposta é coordenada pelo Ministério do Planejamento e deve ser finalizada em 2025, com a previsão de ser apresentada oficialmente pelo presidente Lula na COP 30, em Belém, no Pará, em 2025.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, destacou o compromisso do governo em apresentar o Brasil como um “porto seguro” para investimentos internacionais, com uma economia verde e políticas públicas externas para a inclusão social e sustentabilidade. “Vamos dizer ao mundo que o Brasil está pronto para receber investimentos e que tem uma agenda forte de sustentabilidade”, afirmou Tebet.
Apesar do entusiasmo com o projeto de longo prazo, alguns membros do governo expressaram preocupação com a forma como a gestão está lidando com o futuro sem abordar os desafios imediatos, como as eleições de 2026. A vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos gerou um certo temor dentro do governo, dado o impacto que a eleição de um possível retorno do ex-presidente poderia ter nas relações internacionais do Brasil e no cenário político nacional.
Ainda assim, o governo acredita que o “Brasil 2050” será uma oportunidade para o país se posicionar de forma estratégica no cenário internacional, atraindo investimentos sustentáveis e promovendo um futuro mais igualitário e ecologicamente responsável. Para o governo, essa visão de longo prazo é essencial para garantir um Brasil próspero e mais inclusivo nas próximas décadas.
Com informações Metrópoles
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