A licitação para a dragagem do porto de Belém, que visava ampliar o acesso de transatlânticos durante a COP-30, foi cancelada após a conclusão de um estudo realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O estudo apontou sérios impactos ambientais que a obra poderia causar, incluindo prejuízos à fauna aquática, alterações na qualidade da água e interferências nas atividades tradicionais, como a romaria fluvial do Círio de Nazaré.
A dragagem estava prevista para ocorrer em uma área extensa do porto de Belém, abrangendo também o terminal petroquímico de Miramar e o porto de Outeiro. A obra envolveria a remoção de 6,14 milhões de metros cúbicos de sedimentos, com um custo estimado de R$ 210,3 milhões. A principal finalidade era possibilitar a ancoragem de navios de cruzeiro no porto de Belém durante a COP-30, que ocorrerá em novembro deste ano.
No entanto, o impacto ambiental previsto para a fauna marinha e os riscos de alteração nos ecossistemas aquáticos levaram os governos federal e estadual a reconsiderarem a viabilidade da dragagem. A decisão também gerou preocupações sobre a interferência da obra nas celebrações do Círio de Nazaré, uma das maiores manifestações religiosas do Brasil, que ocorre todos os anos em Belém, com a romaria fluvial sendo um dos momentos mais importantes do evento.
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