O aguardado julgamento de Sara Nunes Ferreira, acusada de matar Ana Beatriz Machado a facadas em um bar no Complexo Cidade Nova, em Marabá, até chegou a ser iniciado na manhã desta quarta-feira (29), mas acabou sendo adiado após os advogados de defesa da ré não comparecerem. A ausência deixou Sara literalmente sem defesa no Tribunal do Júri, o que levou o Poder Judiciário a destituir os advogados e nomear a Defensoria Pública para atuar no caso a partir de agora.
A situação gerou críticas contundentes tanto por parte do Ministério Público quanto do próprio Judiciário, que classificaram a postura da defesa como abandono de causa. O advogado Arnaldo Ramos de Barros Júnior, responsável pela defesa de Sara, havia informado que estaria em Pernambuco participando de outro julgamento. O pedido de adiamento foi feito com antecedência de 44 dias, mas negado pela Justiça, que destacou que o escritório de advocacia possuía outros profissionais habilitados para representá-la — o que também não aconteceu.
Com isso, o júri popular que era esperado há mais de um ano precisou ser interrompido. A Justiça determinou que a Defensoria Pública assuma o processo para garantir o direito à ampla defesa da acusada, que permanece presa desde o dia do crime.


Relembre o caso
Ana Beatriz Machado foi assassinada na madrugada de 7 de janeiro de 2024. O crime aconteceu em um bar lotado no bairro Novo Horizonte e foi registrado por câmeras de segurança e celulares de frequentadores. Segundo testemunhas, Sara atacou a vítima com uma faca após uma discussão motivada por desentendimentos anteriores. Um amigo de Ana, David Gabriel Barros de Souza, também ficou ferido ao tentar intervir.
Sara foi presa em flagrante no local com a faca na mão e, segundo a Polícia Militar, confessou o crime no momento da detenção. Desde então, ela responde por homicídio qualificado, lesão corporal e fraude processual, por supostamente ter apagado mensagens trocadas com a vítima antes do assassinato.
Ainda não há nova data definida para a retomada do julgamento.
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