Em um artigo publicado no jornal O Globo, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), analisou os resultados das eleições municipais e defendeu que a “boa gestão derrotou a armadilha da polarização” em todo o país.
Segundo ele, a vitória de candidatos alinhados com o seu governo em 141 dos 144 municípios paraenses, incluindo a capital Belém e importantes cidades do interior, reflete um desejo da população de votar em líderes comprometidos com resultados efetivos e gestão pública responsável.
“Realizadas as eleições, o terceiro turno passou a ser sobre quem ganhou ou quem perdeu. Na maioria das vezes, as análises trazem a visão das paixões políticas ainda incandescentes”, afirmou Barbalho, sugerindo que é preciso ultrapassar as linhas partidárias e ideológicas para valorizar as gestões eficazes, independentemente da cor política. O governador apontou que no Pará, onde sua administração atingiu 81% de aprovação em pesquisa da Quaest de agosto, o resultado eleitoral refletiu uma confiança popular no governo estadual e suas ações.
Para Barbalho, o padrão verificado no Pará é parte de uma tendência nacional. “Em todo o país, vimos a reprodução de uma onda reeleitoral”, comentou, observando que, no caso das capitais brasileiras, 16 prefeitos foram reeleitos, o que ele vê como um “plebiscito de aprovação”. O governador destacou que os eleitores, ao contrário das eleições passadas, votaram mais com a “razão” do que com a “paixão”, o que ele considera uma sinalização positiva para a política brasileira.
Barbalho critica as “pautas que tanto envolvem quanto alienam” que, segundo ele, dominavam o cenário político em anos anteriores e provocaram a divisão e o “atraso” do país. Em contraste, ele vê os resultados de 2024 como um indício de que o Brasil “se reencontrou” e, ao votar pela continuidade de gestões bem avaliadas, demonstrou que os eleitores desejam soluções práticas e eficazes para os problemas reais.
O governador concluiu seu artigo reiterando a importância de que a política seja usada como “o instrumento das grandes transformações sociais e históricas”. Para ele, “a eleição deve tratar da boa ou da má gestão. Todo o resto são alucinações que não geram nada, além do ódio e da estagnação”, refletindo seu otimismo em relação ao futuro da política no Brasil.
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