O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), acredita que seu partido se fortaleceu nas recentes eleições municipais e está preparado para desempenhar um papel significativo nas eleições estaduais e presidenciais de 2026.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Helder destacou o peso político do MDB e sua capacidade de se envolver em “qualquer missão” política no cenário nacional, especialmente se houver possibilidade de ocupar uma posição de vice em uma candidatura de Lula (PT).
“Eu defendo, portanto, que o MDB tenha a capacidade de dialogar com as partes e entenda em que projeto se vai apresentar ao Brasil, em que condição pode cooperar e colaborar. Uma coisa é fato: não dá para desconhecer o tamanho do MDB”, disse.
Barbalho, considerado um dos governadores mais bem-sucedidos nas eleições de 2024, ressalta a importância do MDB manter um diálogo leal com o presidente e construir uma posição que contribua com o projeto nacional, especialmente pelo fato de membros do MDB integrarem o atual governo federal. Ele também sugeriu que o governo adote uma postura mais moderada, menos voltada a agendas específicas, para acompanhar a tendência do fortalecimento dos partidos de centro observada nas eleições municipais.
O MDB, segundo partido com o maior número de prefeitos eleitos (856), destacou-se nas eleições municipais, incluindo a vitória de Igor Normando (MDB) em Belém com o apoio direto de Helder. Embora o governador evite comentar possíveis planos eleitorais para 2026, ele afirma que o próximo ano será focado na organização da COP30 em Belém. Após o evento, Helder planeja iniciar as discussões sobre seu papel nas eleições de 2026, considerando que precisará deixar o governo até abril de 2026, caso decida se candidatar.
“Passada a agenda da COP, em novembro do ano que vem, eu estarei obviamente iniciando esta discussão a respeito de 2026, até mesmo porque devo me desincompatibilizar no prazo legal [início de abril de 2026]. no que diz respeito a 2026, será ativo, dialogando internamente no MDB para que possamos estar fortalecidos para a eleição”, afirma.
A posição do MDB para as próximas eleições será discutida internamente, com a visão de que o diálogo inicial deve ser mantido com Lula e o PT, dado o cenário de alianças regionais diversas que o partido possui.
“O MDB deve conversar, sim, com o presidente Lula no sentido de entender aquilo que se pensa para 2026, a partir, inclusive, da candidatura do presidente à reeleição. [Discutir] qual o papel do MDB neste processo, que protagonismo o MDB deve exercer neste processo. E, claro, internalizar após esse diálogo, internalizar o que será capaz de unificar o partido”, afirma.
Helder espera que o partido esteja bem articulado para o pleito e capaz de contribuir de forma unificada ao cenário nacional.
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