Um ato político que vem marcando a política paraense é a forma antidemocrática com que o governador Helder Barbalho (MDB) decidiu tratar todos aqueles que não rezam em sua cartilha.
Exemplo disso é o que vem sendo feito contra o prefeito de Ananindeua e por consequência toda sua gestão e os moradores do município, após Daniel Santos (PSB) deixar o partido controlado pela família Barbalho e seguir seu caminho. Daniel busca sua reeleição e não aceitou com que Helder indicasse o seu pré-candidato a vice-prefeito na chapa de sua reeleição.
Depois que anunciou sua filiação ao PSB, Daniel e o município de Ananindeua têm sofrido diversos atos de retaliação e agressão, que seguem como um verdadeiro ‘Pacote de Maldades’.
Em seu último ato de hostilização política, Helder revelou que o governador do Pará está longe de ser um estadista. Empenhado em revelar sua verdadeira face autoritária, ele foi até Ananindeua, nesta sexta-feira (10), anunciar a Ordem de Serviço para a construção de dois viadutos no município e não convidou o prefeito e nem sua esposa, Alessandra Haber (MDB), a deputada federal mais votada nas últimas eleições de Ananindeua e do Pará, em 2022 e que faz parte do partido que é controlado pela família Barbalho.
No fim da tarde de hoje, Daniel Santos foi até o local em que foi feito o anúncio das obras e gravou um vídeo dizendo que mesmo tendo sido desconvidado, agradeceu ao Governo do Pará por todas as ações que venham beneficiar a população do município e que espera que cada vez mais a máquina pública não seja usada para reprimir ou penalizar os cidadãos de Ananindeua, em uma clara alusão às últimas ações de Helder.
Um publicação feita nas redes sociais do apresentador Marcelo Marque “Bacana” gerou polêmica após ele dizer que Daniel não foi ao evento porque não quis.
No entanto, em um vídeo gravado da conversa entre as chefas dos cerimoniais da Prefeitura de Ananindeua e do Governo do Pará, na véspera do evento é possível comprovar que nenhum dos dois, Daniel e Alessandra foram convidados.
No lugar do prefeito da deputada, o governador levou a vice-governadora Hana e apoiadores, sobretudo pré-candidatos lançados para concorrer com Daniel e lá, com toda a mídia que o acompanha, assinou a Ordem de Serviço para a construção de dois novos viadutos: um na Mário Covas com a avenida Três Corações e outro na Mário Covas com a Independência.
Líder político na nova política brasileira: a importância da postura estadista
Na nova cena política brasileira, marcada por transformações sociais, econômicas e tecnológicas aceleradas, a figura do líder político adquire uma relevância singular. Neste contexto, a postura estadista surge como um atributo fundamental para aqueles que almejam não apenas ocupar posições de poder, mas efetivamente transformar a realidade do país.
A postura estadista vai além da mera gestão administrativa ou da busca por interesses pessoais ou partidários imediatos. Ela se caracteriza pelo comprometimento com o bem-estar da coletividade, pela visão de longo prazo e pela capacidade de articulação e diálogo com diferentes setores da sociedade.
Um líder estadista, especialmente um governador, deve adotar posturas que promovam uma nova forma de fazer política no Brasil, caracterizada pela transparência, ética, diálogo e compromisso com o bem-estar da população. Algumas das principais posturas que um líder estadista deve ter em relação aos prefeitos são:
- Diálogo e parceria: Um líder estadista deve buscar o diálogo constante com os prefeitos, estabelecendo uma relação de parceria e cooperação. Isso envolve ouvir as demandas dos municípios e buscar soluções em conjunto, em vez de impor decisões de forma unilateral.
- Transparência e ética: Deve-se pautar a atuação pela transparência e ética, garantindo que todas as ações sejam realizadas de forma clara e respeitando os princípios éticos da administração pública.
- Respeito à autonomia municipal: Um líder estadista deve respeitar a autonomia dos municípios, reconhecendo que cada prefeito foi eleito para representar os interesses de sua cidade e sua comunidade.
- Promoção do desenvolvimento regional: Deve-se trabalhar pela promoção do desenvolvimento regional de forma equilibrada, buscando reduzir as desigualdades entre os municípios e garantir que todos tenham acesso a serviços públicos de qualidade.
- Planejamento estratégico: É importante que o líder estadista promova um planejamento estratégico que leve em consideração as necessidades e potencialidades de cada região, buscando soluções que beneficiem o conjunto da população.
- Inovação e eficiência na gestão pública: Deve-se buscar constantemente inovações e formas mais eficientes de gerir os recursos públicos, garantindo que sejam utilizados da melhor forma possível em benefício da população.
Um líder político com postura estadista compreende que sua atuação transcende mandatos e eleições, sendo pautada por princípios éticos e morais sólidos, pela defesa intransigente da democracia e pela promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Na nova política brasileira, marcada pelo desejo de renovação e pela busca por soluções criativas e eficientes para os desafios do país, a postura estadista se torna ainda mais relevante. Ela é capaz de romper com práticas políticas ultrapassadas e clientelistas, inspirando confiança e engajamento cívico.
Em um cenário de polarização e fragmentação política, o líder estadista se destaca pela capacidade de construir consensos, de respeitar a diversidade de opiniões e de promover o diálogo construtivo entre diferentes atores políticos e sociais.
Assim, mais do que nunca, o Brasil precisa de líderes políticos comprometidos com os valores democráticos, com a justiça social e com o desenvolvimento sustentável, capazes de inspirar e mobilizar a sociedade na construção de um futuro melhor para todos.
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