Fogo Cruzado registra recorde de agentes de segurança baleados na Região Metropolitana de Belém em novembro - Estado do Pará Online

Fogo Cruzado registra recorde de agentes de segurança baleados na Região Metropolitana de Belém em novembro

O mapeamento do instituto aponta que, só em novembro, oito agentes de segurança foram baleados. Cinco morreram e três ficaram feridos.

O Instituto Fogo Cruzado registrou, no último domingo (10), o 8º agente de segurança baleado na Região Metropolitana de Belém, no Pará, em menos de duas semanas. Isso torna novembro de 2024 – que ainda não chegou à metade – o mês mais letal para os agentes de segurança desde que o Instituto Fogo Cruzado passou a monitorar ocorrências envolvendo armas de fogo na capital paraense.

A 8ª vítima foi o sargento da Polícia Militar Manoel Valdomiro Martins Cardoso, morto a tiros no bairro da Sacramenta, em Belém. O levantamento mostra que, com sete baleados no mês, os policiais militares foram as principais vítimas. O outro baleado era da Aeronáutica.

No ano de 2024, 38 agentes de segurança foram baleados: 25 morreram e 13 ficaram feridos. Desse total, 22 agentes estavam fora de serviço no momento do ataque, dos quais 17 morreram e cinco ficaram feridos. Em segundo lugar aparecem os ataques a aposentados e/ou exonerados, com um total de 10 agentes: oito mortos e dois feridos. Entre os que estavam em serviço, há seis feridos.

Confira abaixo os dados do Instituto Fogo Cruzado, em 2024:

Janeiro: 4 agentes baleados – 3 mortos e 1 ferido
Fevereiro: 5 agentes baleados – 2 mortos e 3 feridos
Março: 4 agentes baleados – 1 morto e 3 feridos
Abril: 6 agentes baleados – 4 mortos e 2 feridos
Maio: 1 agente baleado – 1 morto
Junho: 3 agentes baleados – 2 mortos e 1 ferido
Julho: 1 agente baleado – 1 morto
Agosto: 3 agentes baleados – 3 mortos
Setembro: 2 agentes baleados – 2 mortos
Outubro: 1 agente baleado – 1 morto
Novembro: 8 agentes baleados – 5 mortos e 3 feridos

Veja os agentes baleados em novembro:

02/11 – O sargento Castro foi morto a tiros na rua São Francisco, no bairro Novo, em Marituba. Ele estava em um bar e foi vítima de um ataque armado sobre rodas.
03/11 – O militar da Aeronáutica Kevem Wallace foi morto a tiros na passagem Tucunduba I, no Guamá, em Belém. Sua namorada, que estava no local, também foi atingida pelos disparos e sobreviveu.
05/11 – O sargento Jorge Valente e o sargento Alex Santos, do 37º BPM, foram baleados dentro de uma viatura na Passagem Tucunduba, no Guamá. Ambos sobreviveram.
05/11 – O sargento reformado Alberto de Souza da Silva foi morto a tiros em um estabelecimento no Conjunto Panorama XXI, bairro Mangueirão.
06/11 – O policial exonerado Wescley Silva Sousa foi morto a tiros enquanto estava em uma lanchonete na praça Eduardo Angelim, no bairro da Pedreira, em Belém.
07/11 – O cabo Daniel, da Reserva da Polícia Militar, foi encontrado amarrado, baleado e ferido a faca na rotatória de acesso ao mercado central, na Estrada da Ceasa, em Belém. A vítima foi localizada por guardas da Ceasa e socorrida.
10/11 – O sargento Manoel Valdomiro Martins Cardoso foi morto a tiros no bairro da Sacramenta, em Belém. Ele estava em um bar e foi vítima de um ataque armado sobre rodas.

Desde que o Instituto Fogo Cruzado passou a atuar na Região Metropolitana de Belém, em 4 de novembro de 2023, 44 agentes de segurança pública foram baleados, dos quais 27 morreram e 17 ficaram feridos.

Sobre o Fogo Cruzado

O Fogo Cruzado é um instituto que utiliza tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada, fortalecendo a democracia por meio da transformação social e da preservação da vida.

Com uma metodologia própria e inovadora, o laboratório de dados da instituição produz mais de 50 indicadores inéditos sobre violência nas regiões metropolitanas do Rio, do Recife, de Salvador e de Belém.

Por meio de um aplicativo de celular, o Fogo Cruzado obtém e disponibiliza informações sobre tiroteios verificados em tempo real, sendo o único banco de dados aberto sobre violência armada da América Latina, que pode ser acessado gratuitamente pela API do instituto ou dos relatórios que produzimos mensalmente.

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