Uma fiscalização realizada nesta quinta-feira (21) pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-PA) no Pronto Socorro do Guamá, em Belém, revelou graves irregularidades na unidade, que é referência em atendimento na Região Metropolitana. Entre os problemas constatados, destacam-se superlotação, falta de medicamentos essenciais e atraso no pagamento de salários dos profissionais.
A inspeção, conduzida pela presidente do CRM-PA, Tereza Cristina de Brito Azevedo, e pela conselheira Maria Cristina de Mendonça Rocha, contou com o acompanhamento do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). O relatório apontou medicamentos vencidos, ausência de itens indispensáveis, como válvulas para respiradores, e relatos alarmantes de amputações evitáveis devido à falta de antibióticos. Óbitos foram também associados à ausência de medicamentos críticos, como adrenalina.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) afirmou que o reabastecimento de medicamentos e insumos está sendo realizado gradualmente, conforme cronograma dos fornecedores. A secretaria destacou que unidades de atendimento porta-aberta podem enfrentar momentos de superlotação, mas garantiu que todos os pacientes recebem atendimento, mesmo em condições adversas.
Quanto ao pagamento dos médicos, a Sesma informou que os repasses financeiros à empresa gestora foram feitos no dia 18 de novembro e que os pagamentos aos profissionais ocorreram no dia seguinte. O relatório será encaminhado ao MPPA, à Vigilância Sanitária e à própria Sesma para medidas cabíveis.
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