Na noite de sexta-feira (23), Naelly Tonheiro, de 27 anos, filha da candidata à prefeitura de Garrafão do Norte, Socorro Tonheiro (MDB), relatou ter sido alvo de coação e ameaça por parte de três homens. O incidente ocorreu na travessa Arthur Bernardes, no bairro Bela Vista, enquanto Naelly, que coordena a campanha da mãe, distribuía convites para um comício previsto para o domingo (25).
De acordo com o boletim de ocorrência, Naelly afirma que os envolvidos no caso são Marquinhos Mangueira e Gustavo Almeida, irmão e sobrinho de Marcones Mangueira (PSD), que também concorre à prefeitura, além de um terceiro homem identificado como Pedro, supostamente parente de um candidato a vereador. Ela relatou que, ao dobrar para a Rua Santos Dumont, o carro em que estava foi cercado por dois veículos.
Ainda segundo o relato registrado na polícia, Marquinhos Mangueira teria colocado a mão por baixo da blusa, sugerindo que estivesse armado. Um vídeo breve, compartilhado nas redes sociais, mostra Marquinhos e Gustavo próximos ao carro de Naelly. Após o ocorrido, a filha da candidata registrou a ocorrência na Polícia Civil e afirmou que os dois homens trocaram de camisas antes de irem à delegacia para dificultar o reconhecimento nas imagens.
Em entrevista exclusiva ao EPOL, Naelly explicou o ocorrido, dizendo os homens chutaram e bateram nos dois lados do veículo em que ela estava com outro rapaz.
“É uma sensação horrível, né? A gente se sente impotente, por ser mulher, as pessoas se aproveitam, né, da nossa fraqueza, mas é horrível mesmo. E aí foram três homens que chegaram no carro lá, o irmão do Marcones, o Marquinho Mangueira, foi o primeiro que chegou e bateu lá na porta, ficou querendo quebrar o vidro, depois foi pro outro lado, o lado do motorista, e aí os outros dois amigos deles chegaram perto do carro também, chutando o carro, o Marquinho chutava o carro, dava o muro, queria abrir com a maceneta a força, a porta do carro, e a gente travou o carro, porque eu acho que eles iam tirar a gente de dentro e não sei, talvez é uma coisa pior, porque eles até ameaçaram lá, né? Disseram que a gente não podia estar andando ali, que ali dentro era acomodado por eles. Bairro Bela Vista, e aí a gente até perguntou, a rua é pública, a gente está andando aqui, porque nós estávamos entregando o convite do comício que vai ter do Partido MDB, domingo, dia 25″, relatou.
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