Expulso do processo por ausência, advogado de Sara Nunes afirma que vai recorrer da decisão do Poder Judiciário

Com a ausência do advogado, Sara Nunes Ferreira ficou indefesa no julgamento e júri teve de ser adiado; Sara pode ser condenada a até 30 anos de prisão

O advogado criminalista Arnaldo Ramos, que representava Sara Nunes Ferreira, acusada de matar uma jovem a facadas em um bar em janeiro de 2024, informou, em uma rede social, que vai recorrer da decisão do Poder Judiciário após ser afastado do caso. Arnaldo não compareceu à primeira seção do júri, realizada nesta quinta-feira (29).

Arnaldo explicou que participou de um outro júri, na quarta-feira (28), na Comarca de Jurema, em Pernambuco. Por este motivo, o advogado teria tido problemas com o horário de voo. 

“O meu papel de defesa tem compromisso ético, moral e processual nas causas que atua. Diante da repercussão que foi vista nas redes sociais, e na própria sede do Judiciário a defesa também irá requerer o desaforamento do julgamento para capital do Estado, uma vez que toda essa movimentação pode comprometer a isenção do Conselho de Sentença“, informou.

Arnaldo foi retirado do caso de Sara após faltar ao primeiro dia de julgamento. Com a falta de pontualidade do criminalista, o Ministério Público do Pará (MPPA) pediu que o Poder Judiciário atribuísse a defesa de Sara à Defensoria Pública

Crime — Sara foi presa em 7 de janeiro de 2024 após matar Ana Beatriz em um bar, no Complexo Cidade Nova, em Marabá. O crime, que ganhou repercussão nacional, teria sido motivado por ciúmes, já que Ana Beatriz teria tido um envolvimento com o ex-namorado de Sara. Após esfaquear a vítima na região do pescoço, Sara se entregou à Polícia Militar e teve a prisão temporária convertida para preventiva. 

A data da continuação do julgamento ainda não foi anunciada.

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