Espaços humanizados acolhem vítimas de violência sexual infantil na Polícia Científica do Pará - Estado do Pará Online

Espaços humanizados acolhem vítimas de violência sexual infantil na Polícia Científica do Pará

Salas especializadas e equipe técnica atuam para evitar revitimização de crianças e adolescentes atendidos no sistema pericial

Amanda Monteiro / ASCOM PCEPA

No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado neste domingo (18), a Polícia Científica do Pará destaca a importância do atendimento humanizado a vítimas de violência sexual infantil. A instituição integra a rede de acolhimento no estado, com atuação nos polos ParáPaz e nas sedes onde são realizadas perícias médico-odontológicas e criminalísticas.

Os espaços destinados às vítimas foram estruturados com foco na escuta protegida e no cuidado emocional. As salas contam com brinquedotecas e ambientes separados de outras áreas de custódia para garantir privacidade e conforto.

As salas foram criadas para um melhor acolhimento de nossos periciandos, com a finalidade de proporcionar um atendimento mais humanizado, evitando a revitimização. Com a separação de custodiados e outras perícias, proporcionamos um atendimento mais humanizado. Além disso, as brinquedotecas na sala de espera vieram também a contribuir para a humanização”, afirmou o perito criminal e diretor-geral da Polícia Científica, Celso Mascarenhas.

As perícias realizadas pela PCEPA são fundamentais para a produção de provas técnicas que embasam o inquérito policial. O atendimento é feito de forma integrada com outros órgãos de segurança, saúde e assistência social, o que contribui para que a vítima não tenha que repetir o relato diversas vezes.

Os peritos médicos legistas sempre atuam com a maior atenção, discrição e humanidade, para que a vítima se sinta acolhida e segura, de que a Instituição é um dispositivo necessário e seguro em prol de que a justiça que busca seja alcançada. A grande maioria das vítimas são do sexo feminino e os violentadores do sexo masculino, e as vítimas do sexo masculino, também são vitimadas por pessoas do sexo masculino. Desta forma, para melhor abordar a situação, preferencialmente devem ser atendidas por peritas, evitando, desta forma, constrangimento da mesma”, explicou o médico legista e diretor do Instituto de Medicina e Odontologia Legal da PCEPA, Hinton Júnior.

Nos polos ParáPaz, o atendimento é realizado exclusivamente por médicas legistas. Em plantões em que não há profissional do sexo feminino, as coletas de provas são feitas por técnicas de perícia – também mulheres – garantindo a preservação dos materiais para posterior complementação do laudo pericial.

Segundo Hinton, mesmo fora do prazo ideal para exames completos (até 72h do ocorrido), as vítimas são encaminhadas para atendimento assistencial e tratamentos médicos, com continuidade garantida nos serviços da Polícia Científica.