A proposta de reajuste da tarifa de ônibus para R$ 5,60, aprovada pelo Conselho Municipal de Transporte nesta quinta-feira (10), gerou forte reação do ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL). Segundo ele, a convocação do Conselho pelo atual gestor, Igor Normando (MDB), seria injustificável e parte de uma “encenação” para validar o aumento. “O prefeito ainda pode ter a decência de não homologar o aumento da tarifa de ônibus”, declarou.
Baseado em um acordo firmado em 2023 entre a Prefeitura de Belém, o Governo do Estado e a Setransbel, Edmilson afirma que não houve cumprimento das contrapartidas previstas, como a compra de 300 ônibus novos com wi-fi, ar-condicionado e acessibilidade. O pacto envolvia isenções fiscais de R$ 50 milhões e, segundo o ex-prefeito, deveria ser comunicado à Justiça pela nova gestão, antes de qualquer reajuste.
Contradizendo a versão apresentada pela atual gestão municipal, o ex-prefeito afirma que não há determinação judicial para o aumento, e defende a mobilização da sociedade civil para barrar o que considera um “assalto” aos usuários do transporte público, mesmo que o valor final não chegue aos R$ 5,60 sugeridos.
Ex-prefeito contesta aumento aprovado pelo Conselho de Transporte e diz que Igor Normando (MDB) ainda pode evitar penalização à populaçãohttps://t.co/oW3c7slbHS pic.twitter.com/ZaJaORXl3X
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) April 11, 2025
Durante interação nas redes sociais, o prefeito Igor Normando declarou que, embora tenha solicitado a convocação do Conselho, não faz parte dele. Alegou estar sendo pressionado por um acordo judicial herdado da gestão anterior, mas afirmou que não concorda com o reajuste “nas condições atuais do transporte” e que está estudando a revisão do acordo.
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