Dias das Bruxas: EPOL traz as principais lendas do estado do Pará

Em geral, as lendas sempre possuem um objetivos, sobretudo sobre o cuidado com o meio ambiente.

Reprodução. As lendas alimentam o imaginário popular da Região Amazônica

Quem nunca se assustou com as histórias que nosso estado guarda? Quem nunca se arrepiou ao ouvir os relatos passados de geração em geração? Em comemoração ao Dia das Bruxas, o Portal Estado do Pará On-line traz alguns contos famosos do nosso estado.

O Pará é uma terra rica em cultura e tradições. As lendas do estado ganharam fama ao longo dos anos, alcançando também grande destaque em todo o país.

Confira abaixo algumas histórias:

Boto, o encantador das águas

Boto cor-de-rosa. Ilustração: Toda Matéria

A lenda do Boto tem origem indígena e permanece até hoje como parte do folclore brasileiro. De acordo com a história, o Boto se transforma em um rapaz elegante que costuma aparecer nas festas de santos, como as de Santo Antônio, São Pedro e São João, conhecidas como festas juninas.

Ele chega às festas vestido de branco e com um chapéu que usa para esconder o orifício por onde respira, revelando sua verdadeira natureza de peixe. No final da festa, o Boto encanta jovens mulheres e as leva para o fundo do rio, onde, segundo a lenda, as engravida.

A história ainda é usada para justificar casos de gravidez fora do casamento, indesejada ou com paternidade desconhecida, sendo comum dizer que “a criança é filha do boto”.

Curiosidade

Na cultura popular amazônica, acredita-se que quem consome a carne de boto ficará enfeitiçado ou perderá a razão.

Iara, a sereia

Iara, a sereia. Ilustração: Reprodução

Segundo a lenda, Iara é uma sereia que vive nos rios amazônicos. Ela atrai os pescadores para o fundo das águas com um canto sedutor, de onde eles acabam nunca mais voltando. Acredita-se que a sereia se transforma em uma bela mulher para atrair suas vítimas.

Curiosidade

A Iara é usada para alertar o perigo das águas e a tentação que pode levar à perdição.

Curupira, o protetor da floresta

Curupira, o protetor da floresta. Ilustração: História Blog

Ele é descrito como um ser pequeno, que tem os pés virados para trás e cabelos vermelhos. Sua história é de grande importância no folclore brasileiro. Acredita-se que a função do curupira é proteger a floresta. Segundo a lenda, ele assobia ou ri alto para confundir os caçadores, fazendo-os se perderem na mata.

Curiosidade

O curupira é usado para lembrar a importância de preservar a natureza e agir de forma responsável com o meio ambiente.

Cobra Grande

Cobra Grande. Ilustração: Toda Matéria

A lenda é uma das mais antigas do Estado. Segundo a história, a cobra habita os rios da Amazônia e se transforma em uma bela mulher para atrair homens para o fundo do mar e engoli-los por inteiro.

Curiosidade

Assim como a lenda da Iara, a história adverte sobre os perigos das águas e também para respeitar os seres que nelas habitam.

Matinta Perera, A Bruxa da Noite

A lenda é uma das mais tradicionais e assustadores do folclore brasileiro. A Matinta é retratada como uma velha senhora que aparece na noite batendo de porta em porta para pedir cigarros. Segundo a lenda, acredita-se que ela pode se transformar em um pássaro e lançar maldições contra aqueles que a perturbam.

A história da Matinta Perera não tem uma definição. Mas os mais antigos dizem que ela é usada para que as crianças e os jovens sempre respeitem os mais velhos.

A Mulher do Táxi

A Mulher do Táxi. Foto: Josephina Conte

Algumas histórias se tornaram contos de livros e foram destaque em programas de televisão, como o quadro “Lendas Urbanas”, exibido nas noites de sábado pelo SBT.

A lenda urbana mais famosa foi a da “Mulher do Táxi” ou “A Mulher de Branco”. O conto retrata uma jovem que, em seu aniversário, ganhava uma corrida de táxi para passear pelos pontos turísticos de Belém.

Os taxistas, sem desconfiar, levavam a alma da falecida em um passeio pela cidade e, ao final, ela os orientava a cobrar a corrida na casa de sua família. Quando iam cobrar, os motoristas descobriam que a passageira da noite anterior já havia falecido aos 16 anos.

Segundo relatos de moradores de Belém, a jovem seria Josephina Conte, filha de Nicolau Conte, dono de uma tradicional fábrica de sapatos na cidade.

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