Joaquim Passarinho (PL-PA) e Guilherme Boulos (PSOL-SP) protagonizaram um debate em rede nacional sobre a PEC que propõe o fim da escala 6×1. Passarinho, que não assinou a proposta, defendeu que a medida é insustentável e ainda disparou: “Eu não trabalho 3 dias. Me desculpe. Eu trabalho muito mais nos dias que vou para o meu estado”.
Boulos rebateu, apontando que o argumento de Passarinho ignora a realidade de trabalhadores que, além da jornada formal, enfrentam uma “tripla jornada”. O deputado psolista classificou a postura de Passarinho como “contraditória, hipócrita e seletiva” e destacou que, na prática, muitos trabalhadores 6×1 já vivem uma rotina semelhante à de 7×0.
Joaquim Passarinho (PL-PA) e Guilherme Boulos (PSOL-SP) protagonizaram um debate em rede nacional sobre a PEC que propõe o fim da escala 6×1. pic.twitter.com/qyyhBwy8Sg
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) November 16, 2024
Em entrevista à CNN Brasil, Passarinho já havia criticado a PEC, alegando risco de aumento de demissões, dizendo: “É tudo muito romântico, é muito bonito, mas na vida prática como faço essa redução de jornada sem demissão?“. A opinião do deputado é facilmente contra-argumentada pelo pesquisador e economista Pedro Gomes, da Universidade de Londres, que defende a escala 4×3 como um modelo mais sustentável para a economia capitalista.
Passarinho, que segue defendendo que o trabalhador deve ter apenas uma folga na semana, também apoiou a reforma trabalhista de 2017 e propôs, em 2024, a tributação de 45% em produtos do programa Remessa Conforme.
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