Em um cenário marcado pela velocidade da informação e pela demanda crescente por transparência, a comunicação pública assume um papel estratégico na consolidação da democracia e da boa governança. Agentes públicos responsáveis pela gestão da comunicação em governos e mandatos parlamentares precisam adotar práticas ágeis, éticas e abertas ao diálogo, garantindo que a publicidade não seja apenas institucional, mas também cidadã.
A nova era da comunicação digital e o jornalismo em tempo real exigem que as instituições públicas estejam alinhadas com as expectativas da sociedade, promovendo conexões verdadeiras e fortalecendo a confiança nas instituições democráticas.
“Em um mundo de transformações e informações em alta velocidade, deixar de se comunicar de forma ágil, rápida e transparente, pode trazer problemas para governos e mandatos parlamentares que ainda ignoram os desafios a serem encarados na era digital.”
Diógenes Brandão, jornalista e CEO do portal de notícias Estado do Pará Online.
A comunicação pública na era digital
A revolução tecnológica transformou a forma como a informação é produzida e consumida. Redes sociais, plataformas de streaming e aplicativos de mensagens aceleraram o fluxo de notícias, criando um ambiente de imediatismo no qual a opinião pública se forma e se transforma rapidamente.
Nesse contexto, a comunicação governamental e parlamentar não pode se limitar a releases formais ou discursos tradicionais. É preciso:
- Agilidade: Responder a demandas sociais em tempo hábil, evitando vácuos de informação que podem ser preenchidos por desinformação e narrativas distorcidas pelos opositores.
- Transparência: Disponibilizar dados de forma clara e acessível, permitindo o escrutínio público e o controle social.
- Diálogo: Utilizar ferramentas digitais para ouvir a população, não apenas transmitir mensagens unidirecionais.
Jornalismo em tempo real e o desafio da credibilidade
Com o jornalismo operando 24 horas por dia, qualquer demora ou inconsistência na comunicação oficial pode gerar crises de imagem e desconfiança. A imprensa e as redes sociais amplificam tanto os acertos quanto os erros das instituições públicas, exigindo:
- Precisão: Informações checadas e embasadas, evitando contradições.
- Humanização: Linguagem acessível, que dialogue com diferentes públicos, sem juridiquês ou burocratização excessiva.
- Prontidão: Monitoramento contínuo de pautas e tendências para antecipar crises e engajar a sociedade de forma proativa.
Publicidade cidadã: Conectando governo e sociedade
A comunicação pública não deve servir apenas aos interesses políticos, mas aos cidadãos. Isso significa:
- Foco no interesse coletivo: Divulgar ações e políticas de forma didática, mostrando impactos reais na vida das pessoas.
- Participação social: Criar canais de consulta e feedback, como pesquisas digitais, lives interativas e audiências públicas online.
- Combate à desinformação: Atuar de forma preventiva, esclarecendo fake news e fortalecendo fontes oficiais confiáveis.
Por uma comunicação que fortaleça a democracia
A gestão da comunicação em governos e mandatos parlamentares deve ser entendida como um serviço público essencial. Em um país como o Brasil, onde a desconfiança nas instituições ainda é um desafio, a transparência e a agilidade na divulgação de informações são fundamentais para a legitimidade democrática.
Agentes públicos precisam se adaptar às demandas da era digital, conciliando técnica, ética e criatividade para construir pontes sólidas com a sociedade. Só assim será possível consolidar uma governança eficiente, participativa e verdadeiramente comprometida com o interesse público.
A comunicação transparente e ágil não é apenas uma estratégia—é um dever democrático.
Para entender a importância da comunicação eficiente no contexto atual, marcado pela aceleração da informação e pelas mudanças tecnológicas. Vamos decompô-la em partes para melhor entendimento:
- “Mundo de transformações e informações em alta velocidade”
- Refere-se ao cenário digital atual, onde as notícias circulam instantaneamente, as redes sociais amplificam discursos e a população tem acesso imediato a dados e fatos.
- Governos e parlamentares não podem mais se dar ao luxo de reagir lentamente, pois a opinião pública se forma em tempo real.
- “Deixar de se comunicar de forma ágil, rápida e transparente”
- A falta de agilidade na resposta a crises ou demandas sociais pode gerar desinformação, especulações e perda de credibilidade.
- A ausência de transparência alimenta a desconfiança, pois os cidadãos exigem acesso claro a informações sobre políticas públicas e decisões governamentais.
- “Pode trazer problemas para governos e mandatos parlamentares”
- Quando a comunicação é lenta ou opaca, surgem crises de imagem, perda de apoio político e até questionamentos jurídicos (como suspeitas de irregularidades).
- Exemplos:
- Uma demora na explicação sobre um escândalo pode virar trending topic com versões distorcidas.
- Dados públicos não divulgados geram acusações de falta de accountability (prestação de contas).
- “Que ainda ignoram os desafios a serem encarados na era digital”
- Muitos políticos e gestores públicos ainda subestimam o poder das redes sociais, do fact-checking (checagem de dados) e do jornalismo investigativo digital.
- Ignorar essas mudanças significa ficar para trás, perdendo a capacidade de engajar a sociedade e gerenciar crises.
Na era da informação instantânea, governos e parlamentares precisam se adaptar, adotando comunicação transparente, rápida e estratégica. Caso contrário, enfrentarão crises de reputação, desconfiança popular e perda de relevância política.
Em resumo: Quem não se comunica bem no mundo digital, perde espaço e legitimidade.
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