Nesta quarta-feira (25), o juiz Deomar Alexandre Pinho Barroso, titular da Vara de Execuções Penais, homologou e converteu em preventivas as prisões dos 239 detidos antes da partida entre Paysandu e Sport, válida pela Série B do Campeonato Brasileiro. Os torcedores foram presos em flagrante após se envolverem em um violento confronto nas ruas de Belém, seis horas antes do jogo, que ocorreu na última segunda-feira (23).
Segundo informações obtidas pela reportagem, uma grande audiência de custódia deve acontecer na próxima semana. Os mais de 200 presos serão levados para o estádio do Mangueirão, onde terão suas audiências. Enquanto isso, eles seguem presos nos centros de triagem de Belém.
A confusão, que aconteceu na avenida Almirante Barroso, no cruzamento com a travessa das Mercês, envolveu o uso de pedaços de pedras e madeiras, causando danos a estabelecimentos comerciais próximos e interrompendo parcialmente o trânsito. A polícia ainda não confirmou se todos os presos fazem parte de torcidas organizadas.
O magistrado justificou a manutenção das prisões preventivas citando a “potencial periculosidade” dos detidos, acusados de crimes como Associação Criminosa, Tumulto Desportivo, Lesão Corporal, Dano e Corrupção de Menores, previstos no Código Penal, na Lei Geral do Esporte e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Entre os detidos, está um homem suspeito de envolvimento no assassinato de um torcedor do Corinthians em 2023, em outro episódio de briga entre torcidas em Belém.
Além dos adultos presos, a polícia apreendeu 32 adolescentes, que foram levados à Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data), onde foram ouvidos e posteriormente liberados às suas famílias.
A Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE) segue investigando o caso, enquanto os presos devem ser transferidos para unidades prisionais na região metropolitana de Belém. O tumulto ocorreu poucas horas antes da partida entre o Paysandu e o Sport, válida pela 28ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no estádio da Curuzu.
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