Belém: batedores de açaí ameaçam fazer greve nesta sexta-feira

Abastecimento dos pontos de venda na capital estaria sendo prejudicado por causa de acordo entre barqueiros e empresas privadas

Um grupo de batedores de açaí denuncia um acordo entre barqueiros e empresas privadas que estaria dificultando o abastecimento do produto nos pontos de venda, em Belém. 

Segundo Jhoy Gerald, batedor, o grupo não tem conseguido comprar açaí na quantidade necessária para suprir a demanda da população porque empresas privadas estariam fazendo a reserva da fruta com barqueiros, responsáveis pelo transporte. “Quando a gente chega na Feira do Açaí, os barqueiros já estão com a carga toda reservada pra alguma empresa ou grandes fábricas”, denunciou. “Eles se recusam a fazer a venda pra pessoas que tem ponto de venda mais humilde na cidade grande. Tem muitos pontos que não abrem por causa disso. Tem gente cobrando o litro a R$ 36 reais pra ter algum lucro.”

Os batedores vão se reunir amanhã (14) na Feira do Açaí para tentar negociar com os barqueiros, mas se o acordo não for possível, eles ameaçam entrar em greve.

Açaí mais caro — O preço do litro do açaí consumido pelos paraenses voltou a subir no mês de fevereiro de 2025, conforme apontam as pesquisas realizadas pelo DIEESE/PA. O aumento registrado no preço do litro do açaí (tipo médio ou grosso) foi expressivo, com uma variação de 13,11% em relação ao mês de janeiro de 2025, alcançando uma média de R$ 29,43. No balanço entre janeiro e fevereiro de 2025, o aumento acumulado chega a 20,07%, e nos últimos 12 meses (fevereiro de 2024 a fevereiro de 2025), o preço do litro subiu 11,14%.

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