Um incêndio de grandes proporções foi registrado e denunciado pelo professor de biologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Rodolfo Salm, na quarta-feira (23), no Complexo de Parques de Altamira, sudoeste do Pará. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o biólogo mostra o avanço das chamas sobre a vegetação e alerta para a falta de controle sobre o fogo.
O Complexo de Parques, pouco frequentado pela população local, é um importante abrigo para a fauna silvestre da região, com destaque para as famílias de capivaras que habitam a área. Apesar de sua relevância ambiental, as imagens divulgadas por Salm expõem a vulnerabilidade do espaço diante das queimadas, que vêm se intensificando ao longo de 2024.
Um incêndio de grandes proporções foi registrado e denunciado pelo professor de biologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Rodolfo Salm, na quarta-feira (23), no Complexo de Parques de Altamira, sudoeste do Pará. pic.twitter.com/SGe3RjRRRY
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) October 24, 2024
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de queimadas na Amazônia em 2024 já quase dobrou em relação ao ano anterior. Até setembro, foram registrados 57.941 focos de incêndio, e o avanço das queimadas tem sido contínuo desde abril. Agosto foi o mês mais crítico, com 10.328 focos de incêndio, quase o dobro do mesmo período em 2023. Além disso, julho de 2024 já havia sido marcado como o pior em 26 anos, com 4,2 mil queimadas registradas.
O avanço do fogo no Complexo de Parques em Altamira reflete a grave situação enfrentada pela Amazônia neste ano, onde o aumento das queimadas está causando impactos devastadores para a biodiversidade e a qualidade do ar. As autoridades locais e ambientais ainda não se pronunciaram sobre o ocorrido, e a comunidade científica segue preocupada com os danos à fauna e flora da região.
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